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Baleias jubarte nas praias do Brasil

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Baleias jubarte nas praias do Brasil

Casos e Contos 30/11/-0001
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Nos últimos anos as notícias mais comuns são de encalhe de animais e, principalmente, baleias jubarte no litoral brasileiro. Os números de encalhe de baleias nas praias cresceram nos últimos oito anos. De 2002 a 2005 foram cerca de 20 baleias por ano, já no período de 2006 a 2009 o número cresceu e chegou a 37 por ano. Neste ano, o número de baleias jubarte encalhadas já chega a 91. Mas o que trazem esses animais até aqui? Porque elas encalham?

Segundo o diretor de pesquisa do Instituto Baleia Jubarte, o veterinário Milton Marcondes, diversos fatores ocasionam o encalhe de baleias. Mais de 80% dos animais que encalham morreram no mar e muitas vezes já chegam muito decompostos nas praias:

“As baleias muitas vezes encalham porque chegam às praias fracas e debilitadas, em função de atropelamento por embarcações e emalhe em rede de pesca. Outro fator é a separação dos filhotes da mãe e os animais desorientados. Condições de relevo do ambiente marinho e tempestades também podem ocasionar o encalhe”.

As jubarte nascem em águas brasileiras e se reproduzem especialmente no litoral da Bahia e do Espírito Santo, de julho a novembro. Depois de migrarem 4.500 Km (em dois meses) até a região das ilhas Georgia do Sul e Sandwich do Sul onde passam o verão se alimentando, iniciam a migração de volta ao Brasil, em abril.
Ainda segundo o veterinário o encalhe desses animais é um fenômeno natural, porém ele ressalta que o alto número de encalhes pode estar relacionado diretamente a atividades humanas e alerta:

“Ao encontrar uma baleia encalhada (viva ou morta) as pessoas devem evitar mexer no animal (devido ao risco de doenças) e entrar em contato o quanto antes com uma das instituições que atuam no resgate de baleias e golfinhos no Brasil”, explica.

Casos recentes

No mês passado o instituto esteve envolvido no salvamento de uma baleia macho de 12 metros de comprimento e quase 20 toneladas na praia de Búzios, no Rio de Janeiro. O resgate não obteve sucesso e o animal morreu no dia 25 de outubro.  

O Instituto Baleia Jubarte

“Temos duas bases, uma em Caravelas (sul da Bahia) e outra na Praia do Forte (litoral norte da Bahia). Nossa missão é: “Conservar as Baleias Jubarte e outros Cetáceos do Brasil, contribuindo para harmonizar a atividade humana com a preservação do patrimônio natural”. Para isso nós trabalhamos em três áreas: Pesquisa para a Conservação; Educação Ambiental e Políticas Públicas”, finaliza Milton.

Mais informações pelo site www.baleiajubarte.org.br

Bruna Sales para Bombarco
Foto: Paulo Noronha