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Vivamar contribui para estudos sobre a vida marinha

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Vivamar contribui para estudos sobre a vida marinha

Casos e Contos 30/11/-0001
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A Vivamar é uma organização não governamental com mais de 550 associados ligados ao setor náutico e à pesca esportiva de todo o litoral brasileiro. Há cinco anos os associados lutam pela preservação do meio ambiente marinho e colaboram para entender melhor o comportamento desses animais, que com mais frequência são vistos na costa do litoral do País.

São pescadores esportivos, velejadores e mergulhadores com o mesmo objetivo: lutar pela preservação do meio ambiente marinho de forma racional:

“Criamos a ONG com o intuito de preservar o meio ambiente sem criar exclusões e buscar o bem-estar de todos que utilizam o mar como lazer e/ou trabalho. Nosso lema é: Preservar, sim. Proibir, não!”, explica José Júlio Cardoso, vice-presidente da ONG Vivamar.

Atuando em todo litoral brasileiro, com maior ação no litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro, a Vivamar desenvolve diversos projetos de preservação marinha e está sempre presente em congressos ecológicos. Um dos projetos mais conhecidos da ONG é o Mar Limpo:

“O projeto mobiliza pescadores e pessoas interessadas na preservação ambiental e marinha a participarem de mutirões de limpeza nas praias e também nas regiões costeiras”, revela o vice-presidente. “Temos também outro Projeto em andamento em parceria com a Cetesb que objetiva desenvolver e educar os usuários em relação ao despejo e tratamento de efluentes para que não poluam o mar”, disse.

Além da limpeza das praias a Vivamar também apoia, já em parceria firmada com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), o Projeto Marinas:

“O projeto objetiva garantir que todas as marinas e clubes náuticos se adequem às regras e normas ambientais estabelecidas”, explica Cardoso.  

Vida Marinha

A vida marinha do litoral brasileiro ainda é pouco pesquisada e muito deficiente em pesquisas sobre o assunto. Segundo Júlio Cardoso, vice-presidente da Vivamar, há muita conversa e quase nada de pesquisa científica. Essa é uma das grandes preocupações da entidade:

“Investir em pesquisas para conhecer de fato nossa fauna marinha seria um bom começo para entender melhor o que acontece com ela e, dessa forma, planejarmos soluções viáveis e que preservem nossos animais”, comenta.

Para tanto os associados da Vivamar sempre, que estão navegando, ajudam como podem:

“Quando navegamos avistamos muitas baleias, golfinhos, tartarugas e até pinguins. Informar as instituições competentes sobre o acontecimento é uma forma de colaborar para o entendimento da vida marinha, que a cada dia, é mais prejudicada pelo homem”, relata.

Como ajudar?

Segundo Júlio todo cuidado é pouco na hora do contato com os animais marinhos. Baleias, golfinhos, tartarugas, pinguins e albatrozes, que muitas vezes por curiosidade se aproximam das embarcações, são os mais encontrados durante as viagens pelo litoral:

“Nessas horas é importante tomar o máximo de cuidado com manobras: parar ou reduzir a velocidade e só se aproximar se for para recolher ou ajudar em algo emergencial”, explica.

Com o objetivo de colaborar para as futuras pesquisas sobre a vida marinha brasileira a Vivamar criou um banco de dados para avistagem de mamíferos (baleias e golfinhos) que funcionará da seguinte forma: os marinheiros em alto mar, ao avistar um animal, baleia ou golfinho, na água, deverá marcar a posição (latitude/longitude), hora da avistagem, profundidade do local, temperatura da água e qual o comportamento do animal (nadando, comendo, etc.), seguido de uma fotografia:

“Todas as informações deverão ser enviadas para a Vivamar ou para o SOS Mamíferos Marinhos (Instituto Mar &Terra). No caso de animais feridos, extraviados (pinguins,etc), recolher os animais e encaminhá-los para os aquários de Santos ou do Guarujá, por exemplo e no caso de tartarugas, para o Projeto Tamar”, finaliza Júlio Cardoso, vice-presidente da ONG.

Bruna Sales para Bombarco
Foto:Bombarco