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Fabio Urbaneca Ozorio: o homem do mar

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Fabio Urbaneca Ozorio: o homem do mar

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Há oito anos Fabio Urbaneca Ozorio está envolvido com atividades em alto mar. Apaixonado pelo mergulho e pela pesca em mar aberto, Fabio também pilota lanchas e embarcações esportivas de pesca para clientes que praticam pesca esportiva:

“Sempre fui apaixonado por aquários, peixes e pescaria, quando descobri a possibilidade do mergulho e da pesca em mar aberto, a navegação se tornou outra paixão, sobrepondo-se as outras. Hoje, consigo conciliar as quatro atividades”, explica Fabio.

Acostumado a navegar, pelo menos a cada 15 dias, Ozorio frequentemente navega pelos litorais Norte e Sul de São Paulo e também no Rio de Janeiro. Entre uma viagem e outra já passou por muitas situações perigosas.

Acidente em alto mar

“No litoral Sul de São Paulo, próximo a um local que chamamos de parcel Dom Pedro há uma formação rochosa submersa onde habitam diversas espécies. Lá sempre encontramos barcos de pesca de dia ou de noite.

Em março de 2008, levei um grupo de clientes para conhecer o local. Eram dois casais. Logo que entramos no barco passei algumas orientações de segurança. Ao informar as instruções pertinentes para expedições de pescaria, notei que não houve a devida atenção por parte da tripulação. Orientações como: não andar descalço no barco (risco de pisar em anzóis e garatéias – ferramenta parecida com uma âncora para retirar objetos que caem na água) não exagerar na bebida, ou melhor ainda, não beber (em uma pescaria é normal o manuseio de facas, alicates e anzóis, o que exige total atenção), entre outros.

No meio da pescaria, escutei um grito. Ao chegar na plataforma de popa, notei uma enorme poça de sangue no chão, um dos clientes, pisou em uma garatéia quádrupla, que entrou quase que totalmente no pé do cliente. A situação era crítica, pois eu não poderia simplesmente arrancá-la (garatéias possuem farpas) então a única solução era recolher a âncora e voltar imediatamente para o ponto de desembarque (em torno de uma hora de viagem). Preparei um torniquete, para estancar o sangue e levantei a perna do acidentado, que já não sentia dor por estar anestesiado pelo álcool que tinha bebido durante o dia. A namorada em desespero gritava mais do que ele.

Chamei socorro pelo rádio e levantei âncora, estava sozinho no barco, sem marinheiro, o que atrasou nossa partida. Ao chegar em terra a ambulância já estava esperando pelo acidentado que teve que fazer uma cirurgia e retirar a garatéia.

Por isso, sempre digo que em casos de acidentes a melhor saída é manter a calma e, principalmente, fazer valer a sua autoridade dentro da embarcação. O capitão é a autoridade e todas as decisões devem ser respeitadas.

Outra dica importante é exigir o máximo de atenção aos tripulantes e fazer rondas para verificar a existência de objetos pontiagudos pelo barco. O controle da bebida alcoólica também é essencial”.

Bruna Sales para Bombarco
Foto: divulgação