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Mercado da vela no Brasil

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Mercado da vela no Brasil

Mercado 30/11/-0001
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O mercado brasileiro de embarcações a vela sofreu grandes mudanças nos últimos 10 anos. Uma verdadeira redução de fabricantes e praticantes. Com isso, hoje há pouco incentivo e somente alguns estaleiros dedicados ao setor. Um mercado que, no início da década de 1990, representava 50% do setor, dividindo de igual pra igual as vendas com os barcos a motor.

Com o passar dos anos o setor enfrentou estagnação e até redução enquanto o de barcos a motor cresceu exponencialmente. Atualmente a proporção está em aproximadamente 97% para o mercado a motor e apenas 3% para a vela.

De acordo com Ricardo Weber, proprietário do estaleiro gaúcho Delta Yachts, fabricante dos modelos de barco a vela FELCI 315, Delta 36, Delta 41 e Delta 45, essa situação se deve especialmente por dois fatores, o econômico e de estímulo aos novos entrantes:

O barco a vela tem uma durabilidade superior aos barcos a motor, já que o desgaste maior será da vela. No barco a motor o desgaste da motorização pode ocorrer em apenas cinco anos. Além disso, os incentivos fiscais foram melhorados para os barcos a motor e para a vela permaneceram nos mesmos patamares”, explica Weber.

Outras peculiaridades desse mercado, apontadas por Ricardo Weber, são a falta de construção de marinas e clubes, carência de vagas molhadas para a guarda dos veleiros, acarretando custo alto para o cliente, além do estilo de vida dinâmico do brasileiro, que escolhe preferencialmente barcos velozes.

Há alguns anos tínhamos sempre vendas antecipadas, ou seja, uma fila de pedidos para entrega, em até, 12 meses. Hoje nossas vendas estão antecipadas em apenas quatro ou cinco meses”.

Segundo Marcio Ishihara, diretor-executivo do Bombarco, os amantes da náutica e velejadores precisam agir em prol da melhoria do setor:

“Não se pode colocar a culpa nos custos porque é possível comprar um veleiro por cinco mil reais e puxar no engate do carro. Muito menos no clima, no vento, nas águas porque isso temos de sobra. O foco que o próprio mercado tomou nas últimas décadas resultou na retração de hoje. Se não nos movimentarmos agora a tendência é piorar muito em 05 anos”, afirma Marcio.
Além das melhorias mercadológicas a vela também depende da entrada de novos praticantes. Ainda de acordo com Marcio, o veleiro é mais do que uma embarcação, é esporte, conhecimento, integração total com as forças da natureza. “Temos muito o que explorar desse barco e tenho certeza que existem milhares de pessoas que podem se apaixonar por isso, dependerá dos esforços que a comunidade da vela fará agora para reverter essa situação.”

Para os amantes do mar e adoradores de barcos movidos aos sabores do vento permanece a dúvida: o que será do mercado de veleiros nos próximos anos?

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Redação: bombarco
Foto: divulgação