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Beto Pandiani e Igor Bely preparam barco para travessia do Atlântico

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Beto Pandiani e Igor Bely preparam barco para travessia do Atlântico

26/02/2013
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Na quinta-feira, 28 de fevereiro, Beto Pandiani e Igor Bely começam a trabalhar no veleiro Picolé, que os levará numa travessia sem paradas do Atlântico. Os velejadores partirão da Cidade do Cabo, África do Sul, no dia 10 de março a bordo do catamarã sem cabine, motor ou conforto e passarão 30 dias ininterruptos no mar, até chegarem a Ilhabela, litoral norte de São Paulo.

Estão programados testes da embarcação e treinos; só a montagem do veleiro leva quatro dias. "Está chegando a hora e nossa responsabilidade aumenta a cada dia. Será um dos nossos maiores desafios, incluindo distância e dificuldades de percurso. Por isso, escolhemos os melhores equipamentos e planejamos todos os passos", relata Pandiani, que embarca para a África do Sul nesta terça-feira (26). Bely já está Cidade do Cabo.

O barco Picolé saiu do navio cargueiro na segunda-feira, 25. A embarcação que estava levando o veleiro do estaleiro da Alemanha até a África do Sul pegou mau tempo na chegada à cidade sul-africana e o cronograma teve de ser alterado. O vendaval chegou a bater em 60 nós (111 km/h). "Ainda bem que o barco não desceu para terra, pois vários veleiros que estavam no cais da Cidade do Cabo sofreram com o vento e tiveram problemas. As dificuldades durante a preparação mostram a dramaticidade dessa nossa aventura", comenta Pandiani.

Mesmo assim, o velejador está empolgado com a travessia de 3.600 milhas náuticas (6.660 quilômetros) de distância. Na prática, essa milhagem vai aumentar em 40%, já que a dupla terá de fazer uma parábola no caminho, o que vai dar, ao todo, 5.000 milhas náuticas (9.260 quilômetros). "Passaremos por regiões de ventos fortes também. O Cabo da Boa Esperança, conhecido também como das Tormentas, é bem assim. Uma viagem com média de 25 nós de vento não é nada fácil, mas estamos preparados", lembra Pandiani. O barco Picolé vai passar por regiões de muito frio e com tubarões pelo caminho.

Para amenizar as condições adversas de frio e vento, Betão e Igor vão velejar ao norte nos primeiros seis dias. A rota é paralela à costa da África do Sul e da Namíbia. Passaremos na Costa dos Esqueletos, que é a porção de terras desérticas desta costa tão inóspita no sul do continente africano.

Picolé

O veleiro, que teve problemas para chegar à Cidade do Cabo, tem 24 pés (oito metros) e é feito todo em carbono para suportar as condições adversas. O veleiro de dois cascos foi feito no estaleiro alemão Eaglecat. O modelo é adaptado às experiências de viagem da dupla e é híbrido, ou seja, não existe outro igual no mundo.

Crowdfunding

Beto Pandiani foi uma das primeiras figuras ligadas ao esporte brasileiro a conseguir atingir a meta de um financiamento coletivo pela internet. O velejador aderiu ao chamado crowdfunding, uma espécie de vaquinha para o projeto e a iniciativa deu certo. A meta de R$ 150 mil foi ultrapassada e bateu em R$ 166.568,24. O valor é considerado um dos maiores nesse tipo de ação no Brasil. Betão usou seus contatos e seguidores nas redes sociais para aumentar a adesão e conseguir a verba necessária para cobrir despesas com equipamentos, que incluem GPS, telefones via satélite, dessalinizadores de água, alimentos liofilizados e outros mais.

"As 337 pessoas que ajudaram a encher o pote de recursos para a viagem certamente vão compartilhar tudo o que ocorre durante os 30 dias de aventura. Vão multiplicar a história nas redes sociais, aumentando ainda mais o alcance da travessia. Quem financia alguma coisa sempre sabe que o investimento valeu a pena por relatos de outras pessoas e a internet é uma ferramenta de propagação," afirma Pandiani.

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Redação Bombarco
Fonte: ZDL
Foto: Beto Pandiani/Divulgação