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Greenpeace lança campanha contra a exploração de petróleo em Abrolhos

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Greenpeace lança campanha contra a exploração de petróleo em Abrolhos

01/09/2011
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Para protestar contra a exploração de petróleo no Arquipélago de Abrolhos, no extremo sul da Bahia, a ONG (organização não-governamental) Greenpeace lançou, recentemente, a campanha “Deixe as baleias namorarem”.

O objetivo do Greenpeace é chamar a atenção para a extração de petróleo dentro do Parque Nacional Marinho de Abrolhos, escolhido pelas baleias Jubarte, principalmente, para a reprodução.

Em julho, a ONG enviou uma carta para a Petrobras e outras nove companhias petrolíferas que têm blocos de produção encostados em Abrolhos. Nela, o Greenpeace explica a necessidade de se estabelecer uma área livre da atividade petrolífera na região, que seria de 93 mil quilômetros quadrados – determinada por estudos científicos para evitar que acidentes de qualquer tipo contaminem a biodiversidade de Abrolhos.

Em resposta à carta, a Petrobras afirma não explorar petróleo em um raio de 50 quilômetros em torno do Parque Nacional Marinho de Abrolhos, assumindo este como o limite legal da área de proteção ambiental.

Já as empresas Shell e Sonangol  afirmaram não serem as principais exploradoras da região – há 13 blocos de exploração de petróleo atualmente sob concessão, a Petrobras é a empresa com mais operações na região, atuando em sete blocos.

Manifestação

Nesta terça-feira, dia 30, no Rio de Janeiro, 30 ativistas do Greenpeace promoveram um protesto contra a Perenco, empresa franco-britânica de exploração de petróleo e gás. Segundo a ONG, ela já é dona de duas áreas que estão sendo preparadas para esse tipo de exploração.

O Greenpeace pediu à Perenco que adie por 20 anos a exploração mineral em uma parte dessa área para proteger as baleias. Isso foi em julho. Como a petrolífera não havia dado uma resposta, os ativistas foram ao prédio da empresa, que funciona em uma torre comercial ao lado do Shopping Rio Sul, em Botafogo, zona Sul da cidade.

Assim como a Perenco, a Vale, OGX, Repsol Sinopec, Vipetro, Cowan e HRT também não responderam a carta do Greenpeace.

Reprodução das jubartes

De junho a novembro, Abrolhos é área de acasalamento e reprodução de baleias jubarte, espécie que foi quase dizimada por séculos de caça comercial. A proibição da caça, há 40 anos, permitiu sua recuperação, mas a espécie ainda é considerada vulnerável pelo Ibama. A atividade humana na região pode ter forte impacto em sua população, sensível especialmente à poluição.

Redação: Bombarco
Fonte: Greenpeace - www.greenpeace.org
Foto:
Patricia Santos / Reuters