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Mercado náutico em pauta

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Mercado náutico em pauta

04/08/2015
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O que o futuro reserva para o mercado náutico? No Brasil o setor, que fabrica anualmente cerca de 2.500 unidades de barcos motorizados de fibra de vidro de 16 a 85 pés, não tem demonstrado crescimento expressivo nos últimos anos. Atualmente são 300 mil barcos, incluindo os de pesca, navegando em águas brasileiras. Existem 150 fabricantes de barcos, 500 estruturas de guarda de embarcações e, aproximadamente, 1.500 lojas náuticas.

Segundo Rafael Ferreira, gerente de Negócios & Marketing da Fibrafort, o mercado ainda é pequeno se comparado ao americano, por exemplo, onde são fabricadas 500 mil unidades ao ano e já houve períodos com fabricação de 1,2 milhão de barcos:

“Segundo uma pesquisa feita pela ACOBAR - Associação Brasileira de Construtores de Barcos e seus Implementos em 2012 o mercado náutico brasileiro não tem crescido, apenas migra. Ou seja, os consumidores estão trocando seus barcos por lanchas maiores, enquanto isso o número de entrantes, está cada vez menor”, explica Ferreira.

De acordo com estudos recentes o crescimento do mercado tem sido próximo de 6% ao ano. Os últimos 10 anos o setor praticamente estagnou e pode-se dizer que passou a encolher. O extinto jornal Gazeta Mercantil publicou, em 2008, um crescimento de 12% no mercado náutico e, por meio de uma visão analítica dos dados coletados pelo Bombarco na Internet, o cenário entre 2009 e 2015 representou queda de 36% nas buscas por palavras-chave relativas ao mercado.

Agora a expectativa é de uma retração ainda maior em função do agravamento da crise econômica nacional e da falta de incentivos para a entrada de novos consumidores nesse setor. “Cada vez mais os players estarão disputando os mesmos clientes”, afirma o gerente da Fibrafort.

Márcio Ishihara, diretor-executivo do Bombarco, enfatiza que mercado precisa atrair novos consumidores em proporção superior da que tem atraído novas empresas nacionais e internacionais:

“Há necessidade de um equilíbrio nesse sentido, caso contrário em 05 anos certamente teremos um mercado doente”, explica Márcio.

Uma das saídas, apontadas por Rafael Ferreira, como forma de fomentar o setor e atrair novos consumidores pode estar na criação de campanhas que desmistifiquem o barco como produto de luxo, feito somente para a classe alta. “Na Fibrafort temos opções de lanchas, prontas para colocar na água, com parcelas a partir de R$ 808,00, menor do que muita parcela de financiamento automotivo.”

Apresentar os benefícios de ser dono de barco e as possibilidades de grandes experiências náuticas, como a vivência de momentos únicos em lugares paradisíacos não alcançáveis de carro, também são formas de conquistar o público. Além disso, Ferreira aponta que empresas amadoras, que colocam no mercado produtos ruins, certamente causam frustração e insegurança.

De acordo com Márcio Ishihara, o setor náutico é muito específico e requer profissionalização por parte de todos os envolvidos nessa cadeia produtiva. “Qualquer frustração para o novo entrante é uma porta de saída imediata. Temos o clima perfeito, as águas e a beleza natural. Não há uma forma isolada para atrair novos consumidores, é fundamental um trabalho de parceria em todos os aspectos para que se alcance um crescimento representativo do mercado”, explica.

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Redação Bombarco
Foto: Divulgação