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Travessia do Atlântico: Beto Pandiani e Igor Bely passam por zona de naufrágios na Namíbia

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Travessia do Atlântico: Beto Pandiani e Igor Bely passam por zona de naufrágios na Namíbia

25/03/2013
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Nesta segunda-feira, 25 de março, Beto Pandiani e Igor Bely chegaram a seu sexto dia da Travessia do Atlântico, passando pelo trecho mais sombrio de sua viagem: a Costa dos Esqueletos, na Namíbia, batizada assim porque é cheio de naufrágios por causa do mau tempo e um banco no fundo do mar que levanta ondas enormes.

Até agora, os ventos e o mar foram predominantemente fortes e agitados para dupla, mas, por sorte, a intensidade começa a cair aos poucos. "Hora de recuperar a exaustão e colocar tudo em ordem", contou Pandiani em seu diário de bordo, que pode ser acompanhado pelo site travessiadoatlantico.tumblr.com.

A estratégia de passar pela Costa dos Esqueletos faz parte da fase inicial da Travessia do Atlântico. Os dois escolheram fazer uma parábola no caminho entre os continentes para evitar ainda mais zonas de tempo e mar ruim, mas as dificuldades são constantes. Em linha reta são 4.000 milhas náuticas (7.800 quilômetros), mas a viagem chegará em 5.000 milhas náuticas (9.260 quilômetros).

"Na hora do almoço foram 25 nós de vento e com previsão de subida. As ondas variam entre quatro e seis metros e o Picolé sem velas, só com um riso, mergulha em jacarés vertiginosos, acelerando muito. Uma mistura de montanha russa com trem fantasma. Em alguns momentos ficamos rodeados por paredes de água, até uma onda nos levantar e lá do alto despencarmos. As massas de água parecem montanhas se movendo, mas, apesar de toda a concentração, estamos calmos. Comer e dormir é difícil e depois de dois dias assim ficamos bem exaustos", relatou Beto Pandiani.

O parceiro Igor Bely também falou sobre a aventura e os dias agitados no Oceano Atlântico: "Foram dois dias de tempo muito ruim com 30 nós ou mais de vento. Vivemos um inferno por cerca de 36 horas. Felizmente, o barco Picolé não sofreu nenhuma avaria. Além disso, a nossa média nas últimas 48 horas foi de 200 milhas. Agora as condições estão de volta ao normal".

A Travessia do Atlântico começou na quarta-feira, 20, na Cidade do Cabo, África do Sul, e tem previsão de chegada em Ilhabela, litoral norte de São Paulo, por volta do dia 20 de abril.

Redação Bombarco
Fonte: ZDL
Fotos: Beto Pandiani/Divulgação