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Alto desempenho no mar

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Alto desempenho no mar

Manutenção de Equipamentos 30/11/-0001
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Os pensadores em T&D (treinamento e desenvolvimento) enfatizam a importância da formação de equipes de alto desempenho nas corporações. Esse recurso é explorado para constituir a equipe e fazê-la permanecer no melhor rendimento usando as competências individuais e de grupo e as habilidades interpessoais.

O mesmo formato de trabalho pode e deve ser usado por tripulações de velejadores. A seguir você conhecerá a história de uma equipe de vela que deu certo.

Tudo começou em 2004, quando Andrés Villelia Jurado, 30 anos, realizou a primeira velejada em Ilhabela, litoral norte de São Paulo. A bordo de um Holder, conhecido como Toa a Toa, Andrés descobriu a fascinante arte de velejar.

Em 2003, já totalmente apaixonado pelo esporte, o engenheiro de produção comprou, em Santos, um novo veleiro, um Cruiser 18, carinhosamente chamado de Ao Vento. Após dois anos e algumas viagens pelo litoral de São Paulo Andrés encontrou novos amigos, agora fazem parte do novo capítulo de sua história de paixão pela vela.

Grandes competidores, grandes amigos

“A minha participação em grandes competições começou em 2005, quando encontrei, em um anúncio na Internet, um comandante, o Walter Becker, procurando tripulantes para participar de regatas em um veleiro Volker 23, o Mandinga, na represa Guarapiranga. Candidatei-me à vaga e fui muito bem recebido, assim como todos os outros interessados em fazer parte da equipe desse grande navegador.

Com as quatro pessoas escolhidas e a tripulação formada, começamos a participar de regatas e em grande parte delas “fechando a raia” (gíria para se dar bem nas provas). Com o tempo e o entrosamento da equipe começamos a melhorar nossos resultados até que, em uma regata noturna, conquistamos nossa primeira vitória. Felicidade geral!

As competições continuaram e nós sempre garantimos bons resultados. Até que o Walter resolveu nos proporcionar um grande desafio: encarar competições em mar aberto. Até então participávamos de campeonatos em represas. Mas com a mesma tripulação, desde o começo, não tínhamos receio de falhar.

Durante todo o tempo juntos a bordo do Mandinga foi notória a melhoria no desempenho do veleiro, já que cada vez mais conseguíamos posições muito boas nas regatas, conquistando campeonatos com o mesmo equipamento com o qual começamos a velejar juntos dois anos antes.

Nunca realizamos treinos oficiais para participar das competições. Os treinos eram feitos e são feitos até hoje informalmente, durante velejadas no final de semana. Mas sempre antes de cada regata nos reunimos e planejamos estratégias de navegação em alto mar. Manobras, distribuição de peso e soluções táticas são os principais pontos discutidos.

Sempre que possível, nos encontramos em eventos familiares. Conversamos sobre diversos assuntos e avaliamos o nosso desempenho na vela. Não adianta apenas ter um bom veleiro, o ideal é que os integrantes da equipe tenham um ótimo relacionamento dentro e fora do barco. Isto garante boas regatas em qualquer lugar.

Hoje, acredito que, para obter bons resultados, seja preciso ter uma tripulação fixa e entrosada, uma equipe de alto desempenho.”

Bruna Sales e Vanessa Xavier para Bombarco
Foto: Aline Bassi