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Conheça a história da primeira brasileira a cruzar o Atlântico em solitário

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Conheça a história da primeira brasileira a cruzar o Atlântico em solitário

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Morar em uma cidadezinha francesa com pouco mais 40 mil habitantes, conhecida como a porta para o mar do Mediterrâneo, pode ser o sonho para muita gente, em especial para os amantes do universo náutico. Esse ideal foi conquistado pela velejadora Izabel Pimentel, 46, que viveu nos últimos anos na cidade de Sète, em seu novo veleiro, o Don, um Romanée, de 34 pés.

Com o objetivo de realizar mais um sonho Izabel se despediu do paraíso francês, neste último dia 27 de agosto, e embarcou rumo ao Brasil para se preparar para uma volta ao mundo sem escalas, ou seja, sem paradas. Passou os últimos dias reformando seu barco para a enorme aventura, fazendo instalações, pintura e tudo que é necessário para que nenhum obstáculo a impeça de continuar escrevendo sua história.

A história da velejadora, nascida no Mato Grosso do Sul e analista de Sistemas por formação, começou há seis anos quando conquistou a tão sonhada liberdade. Trabalhando em sua área profissional, Izabel batalhou por muitos anos, juntou dinheiro e seguiu seu sonho de ser velejadora. Em 2006, a bordo de um barco de 21 pés, tornou-se a primeira brasileira a cruzar o Atlântico em navegação solo, em uma viagem que levou 42 dias e seis horas.

Desde então realizou mais quatro travessias do oceano, duas do Brasil para a França e duas no sentido contrário. Uma dessas foi a regata Transat 6.50, em 2009, da cidade de La Rochelle, na França, para Salvador, na Bahia, onde, novamente, conquistou o pioneirismo ao ser a primeira brasileira a participar de uma regata de longo curso em solitário.

Embora seja conhecida pelas aventuras sozinha e precise de seu “Momento Bel”, como ela mesma chama os dias que passa sozinha viajando pelo mar, sempre está na companhia de sua tripulação, formada por Feijão, um gato francês e Ellen, uma gata baiana.Já viajou muito com o ex-namorado, também velejador, e reconhece que é muito difícil manter relacionamentos já que só pensa em partir em novas aventuras.

Segundo conta, Izabel teve o prazer de conhecer lugares únicos e especiais, sendo a Ilha do Faial, no arquipélago dos Açores, em Portugal, seu lugar favorito dentre os muitos por onde já passou. Mesmo amando o que faz, reconhece que longos períodos no mar dão saudade de um bom ovo frito e de bife acebolado, além de um beijo na boca e do sorriso na chegada. Chegadas, estas, onde sempre é tratada com carinho.

Com tanta história para contar é de se esperar que também já tenha passado por apuros em alto mar. Certa vez foi acordada com uma onda batendo sobre ela enquanto seguia viagem de Paraty (RJ) para Salvador. Quando deu por si o piloto automático havia falhado e o barco estava em cima das pedras. Teve muito trabalho, mas conseguiu se livrar da situação. “Foi muita sorte”, considera ela.

 

Renata Itaborahy e Vanessa Xavier para o Bombarco
Foto: Divulgação