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Rogério Nickel conta as histórias e experiências adquiridas entre as rotas das competições de rally náutico

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Rogério Nickel conta as histórias e experiências adquiridas entre as rotas das competições de rally náutico

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Foi aos dois anos de idade, navegando pela Baía de Guaratuba, em Paranaguá ou em uma represa próximo a Curitiba junto ao seu pai em uma embarcação de 16 pés de compensado naval de fabricação própria que surgiu o entusiasmo por barcos de Rogério Nickel - em terra um engenheiro mecânico, no mar um competidor de rally e amante dos esportes náuticos.

Depois das primeiras experiências junto ao pai, aos 10 anos Nickel começou a velejar com Laser. “Sempre gostei muito de vela, mas não participei de muitas competições. Ainda tenho o Laser e agora é o meu filho que está aprendendo a velejar”, conta.

Das competições que não participou com o Laser, Nickel compensou participando de várias provas de rally náutico. O engenheiro que em terra já participava de disputas com carro e jipe desde 1985, participou da primeira prova em alto mar em 2000. “Como não tínhamos barco com o tamanho necessário, navegamos na embarcação do comandante Ricardo Mueller”, relembra o competidor.

Foram 3 anos competindo em barcos de amigos até a compra de uma HD 26 pés, em 2006. Junto com a aquisição da nova embarcação surgiu a equipe “Família Nickel”, formada pelo próprio Rogério, como navegador, pelo pai Luís Roberto, que aos 68 anos responde pelo título de capitão do time, e pela mãe Claudia Marian, 66 anos, que cumpre a função de auxiliar geral.

 

A equipe Nickel e suas histórias

Para Rogério, é fundamental ter a família navegando unida. Ele explica que cada um exerce uma função no barco, o que é essencial para garantir uma boa prova. O capitão, por exemplo, é o responsável por manter o rumo e cuidar da direção da embarcação, “além de manter o barco e pagar as contas”, brinca Rogério.

Já o navegador, função exercida por ele, é quem desenvolve as tecnologias, calcula a rota, opera o software e cuida do tempo, ou seja, da aceleração do barco.

A principal função do auxiliar é ‘olhar para fora’. Como o piloto e o navegador ficam muito atentos aos sistemas, é necessário que alguém avise se tem algum perigo pela frente, como objetos flutuando, redes, outros barcos... Minha mãe também é responsável por inúmeras outras atividades, como o lanche e organizar o barco”, sintetiza Nickel.

Juntos, “a equipe Nickel” já participou, e venceu, muitas competições de rally. Rogério calcula que foram 25 pódios. Deste total, eles conseguiram a 1ª colocação em 16 deles. Porém o competidor faz mistério em relação aos planos da equipe para 2012 “Mudamos novamente de barco. Adquirimos um Swift Trawler 44 da Beneteau com o propósito de navegações mais longas e com mais conforto, porém com velocidade limitada o que é uma característica deste tipo de embarcação. Isso deve encerrar nossa carreira em rally náutico, embora esse barco atinja 25 nós o que não torna impossível competir”, pondera Nickel.

Mas nem só de vitórias vive a equipe. Como em toda convivência familiar, algumas brigas e discussões sempre acontecem a bordo. “Nas primeiras provas havia bastante discussão, que é normal entre piloto e navegador. Certa vez meu cunhado foi junto em um rally, e no final, quando tomávamos uma cerveja para comemorar o fim da prova, ele comentou ‘Se não fosse pai e filho, e se eu não estivesse vendo vocês brindarem abraçados, eu diria que vocês nunca mais se falariam! ’ Agora estamos tão acostumados que nem ‘brigamos’ muito”, relembra o competidor.

Além de vitórias e algumas “briguinhas”, a equipe também passa por algumas situações divertidas em meio as rotas das competições. “Por exemplo, na prova de Pontal do Sul tinha tanta butuca – uma espécie de mosquito com uma picada muito dolorida - que tivemos que competir sob ‘toalhadas’ e tapas para nos livrar dos bichinhos”, se diverte Nickel.

Experiências e as razões para navegar

Nickel conta que as vantagens de se participar de provas de rally é aprender a navegar com precisão conseguindo o máximo de aproveitamento dos equipamentos, além de conhecer muito bem o barco. “Você sente os motores, maré, planeio, a influência de flaps, ângulo de rabeta, e a distribuição de peso”, explica o navegador. Para ele, ser um competidor de rally é “Um ótimo motivo para usar o barco, encontrar com os amigos e conhecer novos lugares e pessoas”, finaliza.


Juliana Barbosa para Bombarco
Foto: Arquivo pessoal