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Escolha o material adequado para sua vela e tenha sempre bons ventos

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Escolha o material adequado para sua vela e tenha sempre bons ventos

Mercado 31/12/1969
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Saiba como tirar o melhor proveito da vela de sua embarcação, já que ela é o motor do veleiro, conhecendo os diferentes tipos de tecidos existentes no mercado.

Claro que para definir a vela perfeita para seu barco, outras variáveis deverão ser analisadas, como os cortes, os tipos de vela, o uso que terá (regata ou cruzeiro), o custo-benefício, entre outros fatores.

O Bombarco conversou com o experiente velejador, instrutor chefe da Escola de Vela de Ubatuba e comandante do veleiro Tabarly, Fabio Rivetti, para selecionar os principais tecidos disponíveis no mercado.

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Curiosidade

 

No decorrer da história da vela e do iatismo, diversos materiais foram utilizados para confecção de velas. Desde o antigo Egito, a mais de 4.000 anos, há registros de utilização do linho e do algodão. Esse último perdurou até a época das grandes navegações. Os tecidos de algodão tinham muita elasticidade e baixa durabilidade, mas foi largamente utilizado em velas por séculos, até a década de 1950, com o surgimento e a popularização dos tecidos de poliéster.

 

Hoje o mais usado para velas é o poliéster, popularmente chamado de Dacron. Apesar de Dacron ser marca registrada da empresa Metonímia.

Primeiramente vamos entender quais as características do material para velas.
Podemos ressaltar como principais:


Elasticidade – Um bom material para velas de contravento deve ter baixa elasticidade, para não perder o seu formato. Velas são aerofólios, como as asas de uma aeronave. As que esticam e perdem a forma reduzem o desempenho do barco, especialmente velejando contra o vento. Essa deformação pode ser temporária ou definitiva, em qualquer caso é prejudicial.

Resistência a Raios UV – Alguns materiais degradam rapidamente quando expostos a radiação ultravioleta (UV).

Resistência à abrasão – Durante as manobras as velas raspam no mastro, postes do guarda mancebo etc. Isso desgasta as partes das velas.

Resistência a flexão – Capacidade de sofrer dobras sem vícios ou moças.

Os materiais mais utilizados atualmente são:

 

Dacron (poliéster) – É, sem duvida, o material mais utilizado hoje em dia. Tem boa resistência a raios UV, ótima resistência à abrasão, alta resistência a flexão e bom custo-benefício.

Há diversos fabricantes de diferentes tipos de Dacron. Alguns são desenvolvidos especialmente para veleiros de regata, têm boa resistência ao estiramento e levam bastante tempo até perder a forma.

Velas de Dacron são fáceis de se abafar, estivar dobradas, enroladas e, em veleiros de cruzeiro, podem durar uns bons anos. Em veleiros de regata, perdem rapidamente sua forma e desempenho.

Algumas velerias vendem o Dacron nacional que não tem as mesmas qualidades do poliéster importado para construção de uma boa vela. Em pouquíssimo tempo deforma, cria “barrigudas” e o barco perde desempenho.

Nylon – Material de alta flexibilidade para as velas tipo Balão (spinakker). É utilizado basicamente no vento em popa e sua alta elasticidade não é problema. As velas de nylon devem ser leves, flexíveis e ter boa resistência à abrasão.

Monofilme – Filme de poliéster é usado principalmente em velas de windsurfe e de barcos pequenos. Tem baixíssima elasticidade, o que é uma boa qualidade para velas de regata, mas tem baixa resistência à abrasão, e quando dobrada tende a quebrar.

O filme produz boas velas para barcos pequenos de regata, mas tem baixa durabilidade. Gera um barulho alto e característico quando “paneja”.

Kevlar – É fibra de Aramida, mesmo material, de baixíssima elasticidade, usado em coletes a prova de balas e blindagens. Excelente material para barcos de regata. Tem custo maior que o Dacron. Mas não é adequado para barcos de cruzeiro, pois exige cuidados especiais para aumentar sua vida util. Não deve panejar muito, não pode ser dobrada, tem baixa resistência aos raios UV.

Carbono – Fibra sintética feita de átomos de carbono. Tem elasticidade quase nula, alta resistência a raios UV, mas exige os mesmos cuidados que as velas de Kevlar. Tem desempenho e elasticidade menor que o Kevlar. É de alto custo, por isso pouco usado, mas gera velas de altíssimo desempenho.

Velas Laminadas – Última palavra em tecnologia de velas para competição. O que define sua forma (shape) é o formato do molde e não os cortes e as costuras dos painéis. Podendo ser termo-moldadas ou apenas coladas, essas velas não têm costuras. São de baixo peso, alta resistência a deformação, baixa elasticidade.

Prolan (lona leve) – Trata-se de lona de polietileno, fabricada originalmente para coberturas e outras aplicações do tipo. Passou a ser apresentado por algumas velerias como uma solução nacional econômica. Velas feitas nesse material têm baixa durabilidade, por ter baixa resistência à abrasão.

Outros Materiais – Existem outros materiais como Mylar, Spectra, Technora, Dyneema. Todos variam um pouco em custo, qualidade e características gerais, mas não fogem das características de uma vela de Kevlar.

 

 

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Vanessa Xavier para o Bombarco