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Moto Aquática (Jet ski): Conscientização do uso correto de jets é o melhor caminho para evitar acidentes

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Moto Aquática (Jet ski): Conscientização do uso correto de jets é o melhor caminho para evitar acidentes

Mercado 30/11/-0001
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Jet skis nunca estiveram tão em pauta como no começo de 2012. Várias discussões sobre o uso correto desses equipamentos foram iniciadas na mídia, redes sociais e em rodas de conversas de amigos no início do ano motivadas por diversos incidentes envolvendo motos aquáticas registrados principalmente no estado de São Paulo. Além disso, por causa dos acidentes, importantes mudanças no processo de conseguir a habilitação para pilotar esses equipamentos ajudaram a aumentar ainda mais o “falatório” sobre os jets.

A verdade é que muita coisa está mudando no que se refere a jet skis. A primeira mudança, aliás, é que não podemos mais chamá-los de jets, e sim, de motos aquáticas, por conta do anúncio que a Kawasaki fez no início deste ano lembrando a todos que jet ski é uma marca e não o nome correto do equipamento.

Além disso, os acidentes registrados nos primeiros meses desse ano, que envolveram motos aquáticas e terminaram com, pelo menos, uma vítima fatal, acabaram trazendo a tona “a velha” discussão sobre a falta de fiscalização e de critérios adequados na hora de conceder a carteira de habilitação para amadores. Assuntos como a necessidade, ou não, de exigir do pretendente a carteira aulas práticas de pilotagem e também a fiscalização insuficiente nos mares e represas do Brasil voltaram às rodas de conversa de todos aqueles que, de alguma forma, são ligados ao meio náutico.

O “burburinho” ficou ainda maior quando a Marinha anunciou novas regras no processo para tirar a carteira de habilitação. A partir do dia 02 de julho deste ano todos aqueles que quiserem pilotar motos aquáticas (jet ski) terão que fazer quatro horas de aula prática em locais credenciados para conseguirem a carteira de motonauta. Mas, nem mesmo as novas exigências conseguiram agradar todos aqueles que utilizam esses equipamentos para esporte ou lazer.

Ainda com o assunto segurança em evidência, a Prefeitura de São Paulo em parceria com o 8º Distrito Naval de São Paulo, resolveu intensificar a fiscalização em locais que registram atividades com motos aquáticas. De acordo com o documento assinado por representantes dos dois órgãos públicos, a Capitania dos Portos de São Paulo treinará agentes municipais e guarda civis metropolitanos (GCMs) da cidade para ajudarem no combate a acidentes com jets. Outras ações como testes de bafômetros e cordas na água para separar os banhistas das embarcações também serão implantadas a partir de junho deste ano na represa Guarapiranga, zona sul de São Paulo.

Todas essas novidades anunciadas na capital paulista fizeram, inclusive, a 1ª etapa do Campeonato Brasileiro de Moto Aquática (Jet Ski), marcada inicialmente para acontecer entre os dias 30 de março e 1º de abril, ter a data adiada.

A decisão, que poderia ter prejudicado todo o campeonato, acabou virando uma grande iniciativa da BJSA (Brazilian Jet Sports Association). Isso porque a associação, responsável pela organização do campeonato, em parceria com a Marinha do Brasil e com a Prefeitura de São Paulo, resolveu realizar durante a etapa inicial do circuito, realizada entre os dias 04 e 06 de maio na represa Guarapiranga, workshops que abordaram temas relacionados ao uso consciente das motos aquáticas. Entre os assuntos estavam as novas regras para conseguir a habilitação, inscrição da embarcação, além de um breve histórico do surgimento destes equipamentos no país. As palestras foram ministradas por representantes da Marinha e da BJSA.

A iniciativa foi uma boa solução encontrada pelas entidades envolvidas nessa ação. Mais do que punir, é importante esclarecer e conscientizar que jet skis podem propiciar ótimos momentos de lazer ou muita adrenalina na prática de esporte desde que seja usado corretamente. Os órgãos competentes já estão fazendo a sua parte. Agora falta os usuários aprenderem e, sobretudo, respeitarem as leis de navegação. O primeiro passo, pelo menos, já foi dado.

 

Juliana Barbosa para Bombarco
Foto: Fernando Bonilha/Bombarco