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O skiper Miguel Martignoni fala sobre as armadilhas do mar no litoral brasileiro

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O skiper Miguel Martignoni fala sobre as armadilhas do mar no litoral brasileiro

Mercado 30/11/-0001
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Montar um roteiro e partir para mais uma aventura em alto mar parece fácil não é mesmo? Mas fique atento às armadilhas que o litoral brasileiro nos reserva. Bancos de areia, corais, passagens estreitas e até ondas muito grandes dificultam a travessia dos velejadores no mar. Por isso, o Bombarco recorreu ao experiente skiper Miguel Martignoni, comandante do Mar de Orion, um veleiro modelo Morgan de 46.7 pés, para montar um guia das armadilhas que os marinheiros, navegadores e velejadores podem encontrar no mar entre São Paulo e o Rio de Janeiro.

Ilhabela -SP

Ponta do Boi - o local fica do lado Sul da Ilha de quem velaja da baia dos Castelhanos para o Bonete. Ali o mar tem ondas grandes e o vento sopra forte no quadrante Sul. A dica é sempre consultar as condições do tempo e, principalmente, da direção dos ventos e tamanho das ondulações.

Parati -RJ

Ponta da Joatinga - ao entrar na Baia de Angra dos Reis, entre Parati e Trindade, localizados no estado do Rio de Janeiro, é bom tomar muito cuidado. Navegar perto da costa é um risco que se corre já que ali existem muitas perdas. O recomendado é navegar a duas milhas de distância da costa.

Ilha Grande-RJ

Ponta do Drago – localiza-se do lado externo da Ilha Grande, apresenta fundo rochoso com profundidades que chegam até 30 metros. As ondas são bem fortes e o marinheiro corre o risco de se perder. Portanto é bom ter em mãos uma carta náutica e prestar muita atenção para que as ondas não te joguem pra perto das pedras da costa.

Ponta de Lopez Mendes – existe uma laje bem perigosa na entrada da baia de Ilha Grande. Na maré baixa é possível observar as pontas das pedras. Da praia de Lopez Mendes até o Farol do Castelhano a travessia se torna bem enjoada, pois o mar cresce de sudoeste e sudeste rapidamente.

Saquarema -RJ

Praia de Massambaba – para os navegantes que vem do Rio de Janeiro até Búzios, e passam por Saquarema, a atenção deve ser redobrada próximo à Praia de Massambaba. Ali a navegação costeira é muito perigosa pelo acúmulo de bancos de areia. Alguns barcos com tripulantes pouco experientes já passaram por dificuldades sérias no local. A recomendação é fazer a navegação com, no mínimo, uma milha de distância da costa.  

Cabo Frio-RJ

Ilha do Cabo Frio – também conhecida como Ilha do Farol –, o local reserva uma armadilha, o chamado Focinho do Cabo, parte de fora da ilha. No local o navegador tem duas alternativas: uma é passar duas milhas longe do Focinho ou desviar a navegação para o Boqueirão – estreito da ilha com o continente – neste trajeto é necessário que o navegador se aproxime e navegue bem junto à costa, a uma distância de cerca de sete metros. Uma navegação que exige bastante atenção e comprometimento, já que ali existem bancos de areia, que podem, inclusive, ser reconhecidos nas cartas náuticas. Após entrar no Boqueirão, à boreste da Ilha tem a praia chamada Farol do Cabo. Praia paradisíaca, porém só é permitido o desembarque no local com autorização da Capitania dos Portos da região.

“Tenham todos um ótimo verão. Boas festas e bons ventos”, skipper Miguel Martignoni .

Para mais dicas sobre o litoral brasileiro por Miguel Martignoni  acesse o link: http://www.bombarco.com.br/bussola/exibir/dicas-essenciais-para-quem-quer-velejar-pelo-litoral-brasileiro

Bruna Sales para Bombarco
Foto: Bombarco