Sua mensagem foi enviada com sucesso!
Alex Araújo rema 113 km e bate recorde sul-americano

Notícias

Alex Araújo rema 113 km e bate recorde sul-americano

10/10/2012
Compartilhar

No sábado, 6 de outubro, Alex Araújo, deixou o Iate Clube de Fortaleza em cima de sua prancha de stand-up com o objetivo de remar, em mar aberto, até Jericoacoara, um distância equivalente a 310 km, e garantir uma vaga no Guinness World Records. No entanto, um dos membros de sua comitiva passou mal e foi preciso alterar a rota, que terminou em Mandaú, depois de 113 km remados. Araújo não alcançou seu objetivo, mas já bateu o recorde brasileiro, que já era seu, e sul-americano.

Araújo entrou no mar às 04h com o intuito de chegar a Itacoacoara, em no máximo 30 horas. Para isso, remou cerca de 20 km mar adentro até conseguir atingir uma rota perfeita em 300 graus.

“Estava tudo caminhando acima das expectativas. Às 10h, eu já tinha percorrido 60 km com uma velocidade de cruzeiro de 11 km/h. Com esta média, superaria os 145 km do recorde mundial em apenas 13 horas contra as 24 horas da marca atual, e o melhor, conseguiria chegar em Jericoacoara em 26 horas. Todos estavam muito confiantes, pois tudo ia bem e com muito gás”, disse Araújo sobre o inicio da aventura.

Entretanto, um mal estar de um dos tripulantes que acompanhavam o atleta trouxe preocupação e a rota teve que ser alterada. “Apesar da tranquilidade em cumprir a prova, as condições do mar estavam realmente extremas. Ondas acima de 2 metros, com período de 10 segundos e ventos de 50 km/h castigavam o barco, e um dos tripulantes começou a passar muito mal e com uma aparência que deixou todos preocupados”.

Araújo tinha duas escolhas: ou ficava a deriva a 20 km da costa e continuava seu trajeto sem o acompanhamento de sua equipe ou descia até o porto de Paracuru, remando 20 km com ondas e vento lateral, para que seu companheiro fosse atendido por uma equipe médica. “Foram quase três horas remando para chegar na costa”, lembra.

Segundo Araújo, este desvio não comprometeria o objetivo de chegar ao destino final, já que ele continuaria remando sem parar e não perderia a marca para o Guimness. “O problema é que teríamos que remar 30 km lateral para voltarmos a posição inicial de 300 graus e nos livrarmos da ponta de Mundaú,” explica.

O desgaste físico provocado pela remada sem parar já era esperado, mas o atleta não contava com o percurso extra. “Depois de remar por seis horas para chegar até a costa e voltar, minha condição física estava complicada. Como remei 40 km com o lado esquerdo, o meu ombro ficou bem machucado. Às 17h tomei uma dose cavalar de corticoide e as dores melhoraram,” revela.

Além das dores, outros fatores começaram a despontar, como a iluminação, conforme foi escurecendo, e as ondas laterais que o derrubaram diversas vezes, criando o risco de Araújo ser atroplado. Diante da situação, o objetivo final teve que ser abortado. “Faltavam apenas 33 km para a quebra do recorde mundial, no entanto, decidi, por minha segurança e de toda a tripulação, entrar no barco, o que me deixou bastante abalado”.

Mesmo sem finalizar a prova, Alex Araújo ficou satisfeito com as novas marcas. “Percorri 113 km em 13 horas remando sem parar em mar aberto, saindo de Fortaleza e chegando na cidade de Mundaú. Com isso, superei meu recorde nacional que era de 52 km, garantindo também o sul-americano”, comemora. A próxima tentativa está prevista para o fim novembro.

Redação Bombarco
Fonte: Fama
Foto: Paulo Vidal