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Bons ventos para a liderança

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Bons ventos para a liderança

Esporte náutico e Lazer a Bordo 30/11/-0001
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Ventos e liderança. O que um tem a ver com o outro? Como os dois se correlacionam na busca pelo desempenho de alta performance? A resposta está na regata de veleiros, recurso usado por profissionais de treinamento e desenvolvimento para criar analogias do esporte com a vida profissional.

Buscar atividades outdoor para treinamento de executivos, empresários e equipes já é comum no mercado brasileiro. De arvorismo a rafting, passando por rally de carro entre outros, a lista inclui a regata de veleiros.

Hoje são cerca de 20 regatas ao ano realizadas pela BL3, empresa especialista em eventos corportativos com veleiros oceânicos. Desde a fundação da área de eventos corporativos, em 1999, já foram mais de 150 eventos envolvendo cerca de cinco mil executivos de empresas dos mais variados segmentos. Segundo Felipe de Otero Mello, da área de eventos corporativos da BL3, as empresas utilizam a regata para capacitação de capital humano ou marketing de relacionamento:

“Procuramos fazer até três regatas por evento, para fornecer oportunidades aos participantes em termos de liderança, aproximação, comunicação”, disse Mello.

De acordo com Luciana Pimenta, diretora de Consultoria da Franquality, especialista em treinamento e desenvolvimento, no veleiro cada pessoa tem seu papel e cada um deles é fundamental para o grupo:

“A integração da equipe tem que ser perfeita. Timoneiro, regulador de velas, navegador, rádio operador, cada um depende do bom desempenho dos outros integrantes da embarcação”, explica Luciana.

A consultoria feita pela Franquality, usando esse recurso, envolve um dia de regata e na volta a discussão de como foi a experiência em alto mar no veleiro. Com participação ativa dos treinandos eles contam a lição mais importante de estar ali para servir o objetivo da equipe, ou seja, interagir e conviver, estreitar laços. Nada no barco é feito só para si.

As principais competências trabalhadas são estratégia em tempo real; equipes de alta performance; liderança; integração e celebração; gerenciamento do tempo; comunicação; e, sensibilização para a ecologia.

Ainda segundo Luciana, que passou sete dias no veleiro Santa Paz em alto mar, outro ponto fundamental dessa vivência é a sensibilização ecológica, uma vez que o treinamento utiliza veículo não poluente (veleiro) e chama a atenção para a utilização sustentável dos recursos naturais locais:

“Saber planejar, não desperdiçar, adequar e reaproveitar. A consciência ecológica é intensamente trabalhada dentro da embarcação. Temos que saber, por exemplo, como trabalhar o lixo dentro do barco, o que pode ser jogado fora e o que não pode. Que a água doce é usada para beber e não para lavar”, complementa Luciana.

Preparado para travessias oceânicas o Santa Paz oferece um espaço seguro e confortável para esses treinamentos. Segundo Lucas Freitas, comandante do Veleiro Santa Paz, que atualmente está no Caribe e no ano que vem estará no Pacífico, observar a liderança natural surgir deste processo é uma boa fonte de inspiração:

“O Santa Paz recebe grupos de até nove executivos para vivências à bordo. A idéia é experimentar um desafio fora do escritório e da rotina comum”, explica Freitas.

Para ser tripulante de um veleiro oceânico é necessário ter muita disciplina, comprometimento, concentração, trabalho em equipe e sensibilidade para perceber a importância de cada um para o sucesso final da equipe tanto em alto mar quanto nas organizações.

 

Vanessa Xavier para Bombarco
Fotos: Nicola Labate