Adrenalina proporcionada pela velocidade, possibilidade de interação com a natureza e mudança na rotina. São fatores que podem determinar a compra de uma moto aquática, o popular jet ski.
O mercado tem crescido a cada dia, e hoje já é possível até encontrar motos aquáticas pronta entrega nas principais revendas do país. Será que o mercado tem se movimentado para buscar novos adeptos?
A Associação Brasileira de Jet Ski (BJSA), fundada em 1992, é responsável pela normatização e regulamentação do esporte dentro das regras internacionais ditadas pelo International Jet Sports Boating Association (IJSBA), tem se empenhado para o desenvolvimento do segmento no país.
Aos comandos de Luiz Marcelo Teixeira, o Pardal, desde março, a BJSA traz, este ano, muitas novidades para a categoria profissional, além de lutar para garantir o apoio de marcas e novos patrocinadores para futuros campeonatos da modalidade:
“Estamos procurando novos patrocinadores e apoiadores e reativando antigas parcerias com o intuito de agitar o meio do jet. Infelizmente sem o apoio de grandes marcas o esporte não deslancha”, comenta Teixeira.
Sobre o mercado, Pardal, afirmou que a possibilidade de financiamento e de seguro de equipamentos fortaleceram as vendas de motos aquáticas e aumentam, por consequência, os números de adeptos ao esporte, seja como lazer ou como profissional.
Os tipos de jet ski e custos
Hoje, existem modelos para todos os gostos e necessidades. Segundo Valdir Brito Júnior, proprietário da Jetco, uma das revendas da Yamaha, todas as marcas de jets agregam vários modelos para melhor atender o perfil de cada cliente.
O valor de cada jet ski varia de acordo com o modelo e potência do motor, podendo variar de R$ 27 mil a R$ 78 mil, dependendo da marca e do desempenho.
Outro ponto a se pensar é a autonomia da máquina. Os motores básicos chegam a andar até seis horas com um tanque e os mais potentes, duas horas e meia. Em média a capacidade do tanque de um jet ski independente da marca e modelo é de 70 litros, o que custa aproximadamente R$ 175,00.
Pilotos de primeira viagem
Para pilotar um jet ski é necessário estar habilitado pela Marinha na categoria de motonauta e ter sempre, em mãos, o documento do jet ski, registrado em qualquer Capitania dos Portos. A idade mínima é 18 anos, e é necessária a aprovação em exame teórico.
O piloto de primeira viagem deve dominar a embarcação, conhecer procedimentos de emergência e regras de boa conduta. Por exemplo, que, por determinação da Marinha do Brasil, não pode se aproximar mais do que 300 metros da praia. Além disso, e para a própria segurança, ele deve consultar a tábua de marés e vestir o colete salva-vidas antes de entrar na água.
Categorias
Nos campeonatos de jet ski que acontecem em todo o País, as categorias sofreram alguma mudanças este ano. Cada categoria é dividida de acordo com a idade do piloto e com o modelo de jet ski utilizado para competição:
Júnior – jovens de ambos os sexos de 14 a 18 anos incompletos poderão correr nas categorias Aspiradas Ski e Runabout, todas Stock. Os jets devem ter no máximo 130 Hp. Só será permitida a participação na categoria Júnior, se os pilotos em questão comprovarem aptidão e a documentação exigida por Lei;
Novatos – maiores de 18 anos, de ambos os sexos, e que demonstrem aptidão necessária para correr nas categorias Aspiradas e Turbo, Stock (Ski e Runabout);
Profissional – maiores de 18 anos, de ambos os sexos, que já correm há, pelo menos, um ano como Novato e que obtiveram 1ª, 2ª ou 3ª colocação em qualquer uma das etapas passadas, nos últimos três anos . Estes pilotos poderão correr em todas as categorias, exceto Ski Stock e Runabout 1500 Stock;
Máster – maiores de 40 anos completos, de ambos os sexos, que já correram pelo menos um ano como Novato que demonstrem aptidão necessária para correr nas categorias Aspiradas e Turbo.
Destaques do jet ski nacional
Alessander Lenzi
Nasceu em 1973, na cidade de Jaraguá do Sul, Santa Catarina. Em 1993 começou a praticar jet ski Freestyle e, desde então, adquiriu uma coleção invejável de títulos nacionais e internacionais, inclusive, foi o primeiro brasileiro a sagrar-se Campeão Mundial de Jet Ski na categoria.
Recentemente, Lenzi venceu a primeira etapa do 24º Campeonato Brasileiro de Jet Ski, que aconteceu no rio Tietê, em Barra Bonita, interior de São Paulo, na categoria Freestyle Profissional.
Henrique Serra
O piloto paulista tem se destacado no cenário das competições de jet ski nos últimos anos. Ao lado do também brasileiro Alexandre Lenzi, Henrique foi um dos grandes destaques da primeira etapa do 24º Campeonato Brasileiro de Jet Ski, realizado em março, em Barra Bonita. O piloto conquistou o primeiro lugar da categoria Runabout Turbo GP, considerada a Fórmula 1 da modalidade.
Bruno Jacob
“Quando comecei aos 15 anos nunca imaginei chegar tão longe”, afirma Bruno Jacob, que aos 16 anos já se tornava campeão brasileiro.
Mas não pense que a vida do piloto é fácil. Para ser considerado um dos melhores do Brasil, Jacob se dedica muito.
“A preparação é intensa quase o ano inteiro. Desde a parte física, com corridas de 6 km três vezes na semana, além da malhação específica. Natação duas vezes na semana e treinamento com jet ski na água três vezes na semana. Quando os campeonatos estão próximos a intensidade aumenta ainda mais” explica ele.
Denísio Casarini Filho, o Deninho
O paulistano de 29 anos pilotou pela primeira vez quando tinha oito anos. Aos 11, ganhou seu primeiro jet ski e logo em seguida já ingressou no mundo das competições. Sempre apoiado pelo pai, o também piloto Denisío Casarini.
Deninho disputa nas categorias Runaboat Pro Stock, Pro GP e Pro Slalon e coleciona muitos títulos: 13 títulos brasileiros, três mundiais, campeão Open Sea 2010 e segundo colocado no Jet Raid 2009, a corrida mais difícil do mundo, considerada o Dakar das águas.
Veja cobertura completa do campeonato brasileiro no site:
www.bombarco.com.br
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Bruna Sales para o Bombarco
Foto: Bombarco
