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Jogos Olímpicos: Vela leva para Londres medalhistas olímpicos, campeões mundiais e experiência de 14 Olimpíadas

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Jogos Olímpicos: Vela leva para Londres medalhistas olímpicos, campeões mundiais e experiência de 14 Olimpíadas

24/05/2012
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São Paulo (SP) - Após quatro Campeonatos Mundiais disputados em maio, a Equipe Brasileira de Vela que representará o Brasil na Olimpíada de Londres está definida. Na lista, três atletas defendendo medalhas olímpicas, três campeões mundiais, cinco representantes em três classes entre os dez melhores do ranking mundial. Somados, os velejadores verde-amarelos têm experiência de 14 Jogos Olímpicos.

O time é formado pelos tricampeões mundiais e atuais vice-campeões olímpicos Robert Scheidt e Bruno Prada, na classe Star, pela medalhista de bronze em Pequim-2008 Fernanda Oliveira, que velejará com a estreante Ana Barbachan, na classe 470 feminina, pelo campeão mundial de 2007 Ricardo Winicki, o Bimba, na classe RS:X, e pelo vice-líder do ranking mundial da classe Laser, Bruno Fontes, além de Patrícia Freitas (RS:X feminina), Jorginho Zarif (Finn) e Adriana Kostiw (Laser Radial).

Essa equipe multicampeã, que tentará ampliar as 16 medalhas olímpicas que a modalidade já deu ao Brasil, estará reunida a partir do dia 4 de junho, na Inglaterra. Em Weymouth, cidade que receberá as regatas olímpicas, será disputada a Skandia Sail for Gold, a última semana pré-olímpica para os Jogos de 2012.

Preparação ideal para os Jogos

A preparação da Equipe Brasileira de Vela para Londres foi a melhor já feita para Jogos Olímpicos no país. Com o patrocínio do Bradesco, através da Lei de Incentivo ao Esporte, e a parceria com o COB (Comitê Olímpico Brasileiro), a Confederação Brasileira de Vela e Motor (CBVM) montou um calendário ideal para cada membro da equipe, mandando os velejadores para os eventos que melhor se encaixavam em cada programa de treinamento.

"Foi muito importante contar com todo o apoio do COB nesse último ciclo olímpico. Não foram medidos esforços, e através da estrutura completa fornecida conseguimos bons resultados e isso nos anima bastante para os Jogos Olímpicos. Isso mostra que o Brasil está evoluindo como uma potência no esporte olímpico. O nosso reconhecimento já vem sendo demonstrado com o nosso planejamento, dedicação e esforço em busca dos melhores resultados possíveis para o país.", elogia Fernanda Oliveira que está entre as 10 melhores do mundo no 470, ao lado de sua proeira Ana Barbachan.

Além disso, a área de Ciência do Esporte do COB trabalhou com os atletas, para mapear as necessidades a serem supridas durante a preparação de cada um dos atletas. Foi montada uma equipe multidisciplinar para que nada faltasse para a equipe a caminho dos Jogos.

"O COB tem sido fundamental neste processo de preparação olímpica. O nível de apoio tem sido consideravelmente maior que em outras campanhas olímpicas que realizei, e, além das condições de preparação muito boas, temos recebido apoio fisioterápico que nos ajuda a prevenir e administrar lesões devido a intensa atividade física. Somos muito gratos a todo apoio recebido pelo COB e pretendemos retribuir com o maior esforço possível em busca de resultados para nosso país", diz Robert Scheidt.

A área de ciências do esporte do COB tradicionalmente contribui com o suporte aos atletas, tanto nas fases de treinamento como também em competições. Especificamente com a vela, existem projetos customizados envolvendo diferentes áreas do conhecimento científico, onde são realizados acompanhamentos de aspectos bioquímico-nutricionais - ajustes necessários a preparação física e ações fisiológicas de recuperação.

Pode-se ainda mencionar, a compra de equipamentos esportivos para o desenvolvimento da performance de cada barco e a criação de modelos preventivos de lesão. Essas ações acompanharam os atletas ao longo deste ciclo olímpico de treinamento, e agora na reta final de preparação para os Jogos Olímpicos serão implementados serviços de meteorologia para o entendimento das condições ambientas, e assim, a melhoria da performance esportiva.

A vela nas Olimpíadas

Como é comum nas Olimpíadas, a competição de vela não será na cidade-sede dos Jogos de Londres. As regatas estão marcadas para a cidade de Weymouth, na costa sul da Inglaterra. O local é a sede da Academia Nacional de Vela, o principal centro da modalidade no País.

A disputa começa no dia 29 de julho e termina apenas no dia 11 de agosto, com a final do Match Race feminino. As medal races para as demais classes serão realizadas entre os dias 5 e 9 de agosto.

Equipe Brasileira de Vela:

Classe 470 feminino

Fernanda Oliveira (19/12/1980) e Ana Barbachan (15/08/1989)
Velejadora gaúcha, Fernanda vai disputar sua quarta edição das Olimpíadas. Em Pequim/2008, ao lado de Isabel Swan, ela conquistou o bronze, a primeira medalha da vela feminina brasileira em Jogos Olímpicos. Em Londres/20012, ela velejará com nova parceira, a também gaúcha Ana Barbachan. As duas estão em décimo lugar no ranking mundial da classe 470 feminina, melhor colocação da carreira da dupla.

Finn

Jorginho Zarif (30/09/1992)
Aos 19 anos, Jorginho é o mais jovem atleta da vela brasileira em Londres. Vindo de uma família de velejadores, ele ficou próximo da vaga olímpica em Pequim/2008, mas acabou em segundo lugar na seletiva nacional. Mais experiente, em 2012 ele não deu chances aos rivais. Campeão mundial júnior em 2009, é apontado como grande revelação da vela brasileira e já foi elogiado pelo tricampeão olímpico inglês Ben Ainslie.

Laser

Bruno Fontes (25/09/1979)
O catarinense é o atual vice-líder do ranking mundial da classe Laser, após atuações regulares desde o ano passado. Os Jogos de Londres serão sua segunda experiência olímpica, após a estreia em Pequim/2008 em 27º lugar. Em 2012, seu melhor resultado foi o vice-campeonato na Semana Olímpica de Miami, nos EUA, etapa dos EUA da Copa do Mundo de vela da Isaf.

Laser Radial

Adriana Kostiw (16/03/1974)
Velejadora paulista, Adriana vai disputar em Londres sua segunda Olimpíada. A estreia foi em 2004, ao lado de Fernanda Oliveira na classe 470 - as duas terminaram em 17º lugar. Desde então, ela mudou para a classe Laser Radial. Conquistou a vaga para o Brasil no Mundial de Perth, em dezembro, e confirmou a vaga na seletiva brasileira, em Búzios, em fevereiro.

RS:X feminina

Patricia Freitas(10/03/1990)
A windsurfista carioca é uma das atletas em ascensão da equipe nacional. Disputou os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, quando ficou em 18º lugar, e, no ano passado, garantiu a vaga olímpica para o Brasil no Mundial de Perth. Em 2011, ficou entre as 15 primeiras em todas as etapas da Copa do Mundo que disputou, incluindo um sexto lugar em Miami, nos EUA, e um oitavo em Medemblik, na Holanda. Na Semana Pré-Olímpica de Weymouth, no ano passado, foi a 11ª.

RS:X masculina

Ricardo Winicki, o Bimba (08/05/1980)
Um dos maios experientes da equipe, Bimba vai disputar sua quarta Olimpíada. Ele foi campeão mundial em 2007 e chega aos Jogos de Londres após meses de preparação específica para as condições de Weymouth. Em abril, por exemplo, ele trouxe ao Brasil o português João Rodrigues para treinar em Búzios. Sua melhor participação olímpica aconteceu em 2004, quando ele foi o quarto colocado.

Star

Robert Scheidt (15/04/1973) e Bruno Prada (31/07/1971)
Maiores estrelas da equipe brasileira, Robert e Prada chegam em grande momento à reta final para os Jogos de Londres. Eles acabaram de conquistar o tricampeonato mundial da classe Star, inédito no Brasil, e vêm de 12 títulos nos últimos 13 eventos disputados desde maio de 2011. Esta será a quinta Olimpíada de Scheidt, que já conquistou quatro medalhas (dois ouros e duas pratas), e a segunda de Prada, que levou uma medalha (prata). Em Weymouth, os dois vão defender o vice-campeonato olímpico conquistado em Pequim/2008.

 

Fonte: ZDL
Foto: Marcio Rodrigues / mpix