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Mamãe a bordo

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Mamãe a bordo

Casos e Contos 30/11/-0001
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Passeios de lanchas e veleiros são excelentes atividades para famílias. Em homenagem ao Dia das Mães, o Bombarco apresenta cinco mães navegadoras, que não só sobem a bordo como levam a toda prole para navegar.

Vela

A primeira da lista é uma das navegadoras mais famosas do país. Matriarca das Schurmann, a velejadora Heloísa partiu, em 1984, em uma aventura que duraria 10 anos com os três filhos (Pierre, David e Wilhem) e o marido (Vilfredo). Em 1997, Heloísa partiu novamente em uma nova expedição com a família, que dessa vez tinha um tripulante a mais, Kat, de cinco anos, a caçula da família.

Em 2014, a família parte em mais uma vez para uma aventura ao redor do mundo, com a Expedição Oriente. Dessa vez, além dos filhos, Heloísa leva a bordo a terceira geração da família: Emmanuel, filho de Pierre Schurmman.

Além dos Schurmann inspirarem muitas pessoas a se aventurar pelo mundo em um veleiro, Heloísa Schurmann inspira outras mães a criar seus filhos assim, como a velejadora Cecília Quaresma. Ela mora há oito anos no veleiro Planckton com Fabio Gandelman e, desde 2007 os dois criam o pequeno Igor a bordo do barco de 42 pés.

“Eu costumo dizer que nem nos meus sonhos mais perfeitos me imaginando como mãe, eu imaginava uma situação tão perfeita como ser mãe a bordo. Eu amamentava o Igor olhando para o mar e a natureza exuberante de Paraty e essa quietude nos alimentava,” conta Cecília.

“A relação familiar que a vida a bordo proporciona é muito especial. O espaço pequeno faz a gente ficar mais junto. Participei de cada momento da vida do meu filho até os cinco anos (quando ele começou a frequentar um jardim de infância Waldorf). Percebo que ele é uma criança muito segura e confiante, e acredito que o fato de estarmos sempre com ele foi o que construiu essa confiança,” afirma a mãe velejadora.

“Outro ponto muito positivo é em relação às regras e limites. Todos que estão a bordo respeitam algumas regras e a autoridade do capitão, assim o Igor é um menino muito tranquilo e respeita os adultos e as regras naturalmente,” completa a mãe navegadora.

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Motor

Não são apenas as velejadoras que escolhem viver a bordo com a família. Denise Rotondo e o marido Dadi Varsano partiram em uma Viagem de Volta ao Mundo a bordo do trawler Jade em 2006, e depois de quase três anos navegando ganharam uma nova tripulante: Beatriz, primeira filha do casal.

Ao invés de desistir da aventura, o casal preparou o barco para receber a bebê, que embarcou com alguns meses e desde então vive com os pais aventuras pelos mares e rios do mundo.

“Criar e educar um filho é algo muito delicado e especial em qualquer lugar. Também não sei como fazer diferente já que minha filha praticamente nasceu embarcada. Acho que a diferença não esta na casa ou barco, mas em todo o resto que acompanha, por exemplo, o quintal da minha filha é a água do rio ou mar. Pra ela, andar de dinghy  é tão natural quanto andar de bicicleta,” conta Denise.

Mas a navegadora explica que as regras de segurança para a filha são firmes e de forma alguma negligenciada. “Por exemplo, ela sabe que não pode sair de dentro do casario do barco sozinha; sabe que quando estamos atracando ou ancorando ela deve ficar sentadinha no "pilot house" quietinha,” explica a mãe navegadora, que também destaca a necessidade do uso do colete de segurança pela pequena Beatriz, hoje com 5 anos.

“Outro cuidado especial foi a instrução quanto a sobrevivência em eventual queda acidental na água. Minha filha aos 6 meses estava fazendo curso para aprender a flutuar e se safar em caso de queda acidental na água,” lembra Denise.

“Minha vida é ser Mãe. Passo o dia todo com minha filha. Eu a educo, pois optamos pelo sistema de homeschooling, brinco, faço sua comida, cuido e dou muito amor. A responsabilidade é muito grande. Tento fazer o meu melhor e mais um pouco. Espero que ela seja feliz, que aproveite todo esse legado que tentamos lhe proporcionar,” completa.

Contudo nem todas podem ou querem viver a bordo, mas passam o tempo que podem perto do mar e dentro do barco e compartilham esses momentos com os filhos. Mayli Moraes, da Marina Vitória em São Sebastião, sempre foi apaixonada por navegação, e divide a paixão com a filha desde que ela tem seis meses de idade.

Com tanto tempo a bordo, Laura, hoje com 12 anos, já tem conhecimentos sobre barcos, navegação, comunicação por rádio VHF, condições de mar e vento, e tudo mais que é necessário para um passeio de lancha em segurança.

Mayli, proprietária de uma lancha BRM 31, também destaca que “os momentos de lazer que o barco proporciona trazem experiências muito ricas para o convívio familiar. Precisamos todos cooperar com funções como limpeza e ordem da embarcação, até mesmo com a segurança. Além disso, o fato de estar fora da rotina faz com que estejamos mais dispostos pra brincar e nos divertir, o que nos une ainda mais”.

Já a lancheira Marisa Yunes cresceu navegando com os pais e hoje, mesmo morando em São Paulo, vai todos os semanas para a praia e, se as condições de tempo e mar permitem, leva sua Focker 25.5 para água com seus filhos dentro.

E destaca: “No barco o convívio é muito próximo, isso fortalece os laços. Ali você pode transmitir a segurança, além de bons momentos de aprendizado sobre a natureza e o meio ambiente”.

Você também navega com seu filho? Mande sua história para imprensa@bombarco.com.br!

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Marília Passos para Bombarco
Fotos: Arquivo Pessoal