Entre os dias 19 e 21 de outubro, Paraty, no Rio de Janeiro, recebeu a sua primeira edição da Regata Internacional de Veleiros Clássicos e o Bombarco esteve lá acompanhando as provas. A sexta-feira foi marcada pela chegada dos veleiros e um coquetel de recepção para os velejadores, entre quem estavam Lars e Torben Grael.
Na sábado, a previsão de ventos fracos se confirmou, mas mesmo com os 3 nós foi possível fazer uma bela disputa. Felizmente, no domingo o tempo melhorou e, além de ventos de quase 10 nós, o sol também apareceu, emoldurando a enseada da Marina Farol de Paraty com um belo arco-íris.
A raia e o percurso, com sete milhas náuticas (quase 13 km) foi definida de acordo com os barcos, divididos em canoas, saveiros e velereiros convencionais. O diretor de prova Pedro Paulo Petersen explica que cada barco tem uma dinâmica diferente no que tange a direção do vento. “As canoas não velejam contra o vento e os saveiros, só andam com vento de través e precisamos adaptar a raia para cada tipo de barco”, disse.
Uma das provas mais acirradas foi a das classes 5.5 e 6.0, onde competirão os irmãos Grael. Lars levou vantagem sobre o irmão e ficou com a primeira posição; Torben foi o segundo colocado comandando o Aileen. O curioso é que Torben foi derrotado com o barco com que presenteou o irmão, o Marga, um veleiro de 1933.
“Esse tipos de barco são leves e conseguimos velejar com pouco vento. Hoje as condições eram até mais favoráveis para o Aileen, porém o Marga conseguiu superá-lo”, disse Lars.
E sobre a disputa em família, o duas vezes bronze nos Jogos Olímpicos garante que “o mais importante é que estamos valorizando a tradição náutica brasileira e promovendo disputas limpas”.
Ricardo Montenegro, comandante do também campeão Macanudo (classe F), fez coro com Lars. “Foi bom vencer, mais é fundamental ressaltar que o mais importante e mantermos os barcos antigos em funcionamento”, conclui.
Montenegro destacou a técnica de Ilan Pimentel, timoneiro campeão mundial, como uma das principais responsáveis pela vitória do Macanudo.
Quem se destacou na classe C foi o Menino do Rio II, de quem o capitão Erick Cepas se orgulha de ter ele mesmo construído. “O projeto é de 1965 e eu o construiu em 2011”, comenta sobre o Dory fundo chato amarelo, de 25 pés.
Loic Gosselin, produtor do evento, comemora o sucesso da regata que chega a sua sétima edição, mas pela primeira com abrangência internacional. “Estamos buscando pessoas de países que já tem uma forte tradição náutica para intercambiarem experiências com os também excelentes velejadores brasileiros”, disse o francês radicado no Brasil.
Resultado Geral
Classe A - Canoas
1º - Samanta
2º - Caiçara
3º - Suely
4º - Inp
5º - Ingá
6º - Flor De Paraty
7º - Bexiga
8º - Marina
Classe B
1º - Lady Lou
2º - Viva
Classe C
1º - Menino Do Rio Ii
2º - Aquamarine
3º - Dalia
Classe D
1º - Turuna
2º – Cangrejo
3º - Malagô
Classe E
1º - Morlon
2º - Mantra
3º - Cegane
Classe F
1º - Macanudo
2º - Aventura
Classe G
1º - Zepelim
2º - Kiwi
3º – Henriette Ii
4º - Bandido
Classe H
1º - Aquarius Iv
2º - Froya Ii
3º - Loucura
Classe 5.5 E 6.0 Ji
1º - Marga
2º - Aileen
3º - Mallo Rhu
4º - Alibi Ii
5º - Sitta
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Redação Bombarco
Foto: Bruno Cocozza/Bombarco
