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Rolex Ilhabela Sailing Week: Star, HPE e S40 têm campeões antecipados

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Rolex Ilhabela Sailing Week: Star, HPE e S40 têm campeões antecipados

13/07/2013
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Na sexta-feira, 12 de junho, a Rolex Ilhabela Sailing Week teve seus primeiros campeões definidos. Alguns dos barcos considerados favoritos conseguiram manter a regularidade exigida pelas variadas condições de mar e vento para assegurar com um dia de antecedência o título.

Na classe S40, o Crioula, do tático Samuel Albrecht, foi campeão com sete vitórias em oito regatas disputadas. Na HPE, o Ginga, de José Vicente, superou os outros 24 barcos da categoria a duas regatas do fim do campeonato. E na estreante Star, os tricampeões mundiais e medalhistas olímpicos Robert Scheidt e Bruno Prada comemoraram vitória inétida. Na C30, o Loyal, de Marcelo Massa, está quase com a mão na taça, precisando de apenas um sétimo lugar numa das duas últimas provas.

O penúltimo dia de regatas foi marcado com ventos fracos, na direção nordeste e intensidade média de 6 nós (10 km/h), a Comissão de Regatas realizou duas provas barla-sota ao norte de Ilhabela. A temperatura esteve sempre acima dos 20°C, chegando a 25°C no meio da regata. Os barcos voltam às disputas neste sábado (13), ao meio-dia, para a definição das classes C30, ORC, RGS e IRC.

S40

Depois de bater na trave no ano passado, o Crioula, barco do Veleiros do Sul (RS), ficou com o título da Rolex Ilhabela Sailing Week na S40, classe dos barcos mais rápidos do evento internacional. Nas oito regatas, os gaúchos não deram oportunidade aos adversários, principalmente para o Carioca, de Roberto Martins.

As sete vitórias foram consequência de largadas perfeitas, entrosamento e talento. "A dedicação e a habilidade dos tripulantes foram fundamentais para essa conquista. Velejamos em alto nível e em condições de vento e mar diferentes", explicou Samuel Albrecht, atleta olímpico e tático do Crioula.

A bordo do Crioula, atletas que tentam vaga no Rio/2016, como o próprio Samuel Albrecht, Geison Mendes e Gustavo Thiesen, ajudaram o barco a ser campeão. "Depois da Rolex Ilhabela Sailing Week vou dar atenção à campanha olímpica para os Jogos de 2016. Decidi mudar de classe. Agora estou na Nacra, pois tenho o objetivo de fazer uma temporada como timoneiro em um monotipo do calendário olímpico", completou Samuel Albrecht, que fazia dupla com Fábio Pillar na classe 470.

HPE 25

Mesmo sem seu principal tripulante, Breno Chvaicer, que se recupera de contusão, a tripulação do Ginga foi campeã por antecipação na HPE 25, comprovando o favoritismo. Foram cinco vitórias em nove regatas, numa das flotilhas mais equilibradas dos últimos tempos na vela oceânica. Os números da súmula mostram ainda que o quarteto de Ilhabela tem 14 pontos perdidos, 16 a menos do que o vice-líder, o Fit to Fly, de Eduardo Mangabeira. A primeira explicação para o sucesso, segundo o regulador de velas Juan de La Fuente, é a insistência nos treinamentos. "Cada manobra, como trocas de bordo, içar velas, escolhas das melhores rajadas e contornos de boia são treinados intensamente por nossa tripulação. Simulamos situações de regatas em treinos durante a semana na mesma raia da Rolex Ilhabela Sailing Week," explicou de La Fuente.

Nas regatas desta sexta-feira, o Ginga não tomou conhecimento dos adversários e contornou a última boia de vento em popa nas duas provas com larga vantagem na linha de chegada.

Os 24 adversários do Ginga tentaram se equiparar em velocidade, mas o desempenho da equipe foi digno da medalha de ouro. "Não é só entrosamento que justifica o sucesso do Ginga. Há outras equipes bem treinadas, mas o segredo deles é ter achado a velocidade certa do barco na reta (vento em popa), fruto de muito talento dos tripulantes. Vamos tentar achar essa velocidade também no popa", ressaltou Marcelo Bellotti, que comanda o SER Glass Eternity no evento em Ilhabela. "A classe HPE é a maior de monotipo do Brasil. São 25 barcos na competição, mais de 100 pessoas velejando, é difícil reunir tanta gente boa junta. Além disso, o barco é rápido e bom de velejar. Quem é competitivo vai sempre escolher a categoria," completou.

Star

Os medalhistas olímpicos Robert Scheidt e Bruno Prada viveram uma semana inédita em Ilhabela e aproveitaram para matar as saudades das vitórias na Star, de velejarem juntos e da raia de Ilhabela. A classe olímpica, em comemoração aos 40 anos do evento, foi incluída no programa pela primeira vez para coroar a dupla tricampeã mundial.

Scheidt e Prada não deram chance de reação aos adversários, com a incontestável campanha de oito vitórias em nove regatas disputadas e vantagem de 14 pontos sobre o adversário mais próximo. Com o descarte, a dupla soma 8 pontos perdidos. "Foi uma semana maravilhosa, exceção à regata de abertura, na qual não conseguimos velejar muito bem com vento fraco. A partir do segundo dia as condições melhoraram e conseguimos dar velocidade ao barco. O mais importante foi reativar a dupla. Independentemente de a Star retornar ao programa olímpico, queremos correr pelo menos uma ou duas competições da classe por ano", comentou Scheidt após a inédita conquista. Na raia, prevaleceu o entrosamento da dupla olímpica e o conhecimento da raia, considerada o quintal de casa para os dois velejadores. "Estamos mais bem treinados e conhecemos o regime de ventos. Isso fez com que errássemos pouco. Agora é descansar e aguardar a decisão da ISAF (Federação Internacional de Vela) sobre o futuro da Star", relatou Scheidt que segue competindo de Laser até que a definição sobre os Jogos do Rio 2016 seja anunciada.

A disputa pelo vice-campeonato será intensa neste sábado, 13, dia da décima e última prova do programa da Rolex Ilhabela Sailing Week para a classe Star. A dupla Marcelo Fuchs/Ronald Seifert tem apenas dois pontos perdidos a menos do que Lars Grael/Samuel Gonçalves: 22 a 24.

A dupla Pascolatto/Seifert, com 28 pontos também pode chegar ao pódio. "Marcar o Lars será fundamental. Não podemos deixar que nenhum barco se posicione entre os nossos dois. Sei que o Lars prefere o vento fraco, o que deve ocorrer, mas para nós é melhor que esteja mais forte", projeta o proeiro Seifert. O também medalhista olímpico, Lars Grael, afirmou que vai velejar da melhor forma que puder, sem se preocupar com a posição de Fuchs e Seifert. "É um privilégio correr em Ilhabela no nível internacional que a inclusão da Star na Rolex Ilhabela Sailing Week nos proporcionou. Scheidt e Prada são tricampeões mundiais e justificaram essa condição aqui na Ilha", reconheceu Lars, parabenizando a dupla campeã.

Resultados

S40 após 8 regatas e 1 descarte
1º - Crioula (Clube Veleiros do Sul) - 7pp (1+1+[2]+1+1+1+1+1)
2º - Carioca 25 (Roberto Martins) - 13pp (2+3+1+2+2+2+2+2)
3º - Vesper 4 (João Marcos Mendes) - 24pp (4+5+4+3+3+[4]+3+3)

C30 após 8 regatas e 1 descarte
1º - Loyal (Marcelo Massa) - 9pp (1+1+1+1+1+1+3+[3])
2º - Katana/Energia (Mauro Dottori) - 17pp (3+3+[7]+4+2+3+1+1)
3º - Caballo Loco (Mauro Dottori) - 22pp ([6]+2+3+3+3+4+5+2)

Star - após 9 regatas e 1 descarte
1º - Robert Scheidt/Bruno Prada - 8pp ([5]+1+1+1+1+1+1+1+1)
2º - Marcelo Fuchs/Ronald Seifert - 22pp (4+3+2+4+2+2+3+[5]+2)
3º - Lars Grael/Samuel Gonçalves - 24pp ([7]2+3+3+4+3+2+4+3)

HPE - após 9 regatas e 1 descarte
1º - Ginga (José Vicente Monteiro) - 14 pp ([4]+1+1+3+3+3+1+1+1)
2º - FIt To Fly (Eduardo Mangabeira) - 30pp (2+[8]+5+7+5+1+5+2+3)
3º - Bond Girl Jimny (Carlos Wanderley) - 25pp ([13]+2+2+5+6+7+3+4+5)

ORC Geral - após 8 regatas e 1 descarte
1º - Kiron (Leonardo Guilhermo) - 10pp (1+1+1+2+2+[2]+1+2)
2º - Angela VI (Peter Dirk) - 20pp ([29]+2+3+1+9+1+3+1)
3º - Absoluto (Renato Gama) - 37pp (14+5+4+9+3+5+8+3)

ORC 700 - após 8 regatas e 1 descarte
1º - Rocket Power (Luiz Augusto Lopes) - 10pp ([5]+2+1+2+1+2+1+1)
2º - Prozak (Marcio Finamore) - 14pp (2+1+2+3+2+1+3+[5])
3º - Colin (Sebastian Menendez) - 21pp (1+5+[5]+4+3+4+2+2)

IRC - após 8 regatas e 1 descarte
1º - Angela Star (Peter Siemsen) - 20,5pp ([20]+1,5+2+1+8+3+4+1)
2º - Tangaroa (James Bellini) - 21pp (1+4+[7]+3+1+5+2+5)
3º - Ruda (Guilherme Hernandez) - 22,5pp ([7]+1,5+1+4+2+1+7+6)

RGS A - após 8 regatas e 1 descarte
1º - Quiricomba (Gremio de Vela da Escola Naval) - 11pp (2+[6]+2+1+1+2+2+1)
2º - Jazz (Valeria Ravani) - 14pp (3+2+4+2+2+1+1+3)
3º - Inae Transbrasa (Bayard Umbuzeiro) - 24,5pp ([5]+1+3+4+3+3,5+9+5)

RGS B - após 8 regatas e 1 descarte
1º - Albatroz (Gremio de Vela Escola Naval) - 22pp ([8]+5+6+4+4+1+1+1)
2º - Revanche (Celso de Faria) - 25pp (3+2+3+6+3+2+[7]+6)
3º - Mandinga (Jonas Penteado) - 27pp (1+1+2+1+1+3+18+[18])

RGS C - após 8 regatas e 1 descarte
1º - Rainha/Empresta Capital (Leonardo Pacheco) - 6pp (2+1+2+1+1+1+1+[9])
2º - Santeria (Mauricio Martins) - 19pp ([15]+12+4+2+1+2)
3º - Azulao (Marcello Polonio) - 21pp (1+3+3+[4]+3+4+4+3)

RGS Cruiser - após 8 regatas e 1 descarte
1º - Jambock (Marco Aleixo) - 8pp ([10]+1+1+1+1+1+1+2)
2º - Cocoon (Luiz Caggiano) - 20pp ([10]+2+2+3+4+5+3+1)
3º - Boccaluppo (Claudio Melaragno) - 24pp (2+[10]+4+2+2+2+2+10)

Redação Bombarco
Fonte: ZDL
Foto: Rolex/Carlo Borlengh e Edu Grigaitis/Balaio