Dono de cinco medalhas olímpicas, Torben Grael prepara o adeus dos Jogos Olímpicos, depois de Londres, em 2012, caso consiga a vaga. O motivo que obriga um dos maiores nomes da vela mundial a não competir mais é a exclusão da classe Star da Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.
Durante a competição de Match Race, que aconteceu neste final de semana no Rio de Janeiro, Torben e outros atletas lamentaram a exclusão da classe Star dos Jogos Olímpicos, em 2016. Torben não escondeu a decepção e garantiu “se não tiver Star no Rio de Janeiro é hora de pendurar as chuteiras realmente”.
A Federação Internacional de Vela (Isaf) confirmou no sábado, dia 7, que a categoria não fará parte do programa da modalidade.
Marcelo Ferreira, proeiro de Torben Grael desde os Jogos de Atlanta, em 96, adotou o mesmo discurso e apóia o amigo.
A queda de braço entre Star e Isaf já dura décadas. Depois de ficar de fora de Munique, em 1976, a categoria voltou na edição de Moscou, em 1980. Fato parecido ao atual ocorreu em 1997, quando a entidade excluiu a classe de Sydney, em 2000. Após muita pressão, a Star foi inserida novamente no calendário.
O COB pode intervir
A Confederação Brasileira de Vela e Motor (CBVM) pedirá ajuda ao Comitê Olímpico Brasileiro para resolver a questão e evitar que a classe mais vitoriosa nos Jogos deixe o programa para 2016. O país sede pode escolher acrescentar mais uma classe, neste caso, aumentando de 10 para 11.
A Star é uma classe de barcos de quilha e, segundo Lars Grael, representa mais de 50% da vela mundial.
Fim de um sonho
O velejador Samuel Gonçalves, de 23 anos, sonha em seguir carreira na Star. Desde 2006, o jovem segue os passos do padrinho Torben Grael e já conseguiu resultados internacionais em outras classes, principalmente de oceano. A notícia deixou Samuel frustrado, mas ele ainda confia em mudanças.
Samuel é formado pelo Projeto Grael e fez parte da tripulação brasileira campeã da regata Cidade do Cabo-Rio, que aconteceu no início do ano.
Redação: Bombarco
Fonte: ZDL – www.zdl.com.br
Foto: AGIF
