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Vazamento de óleo na Bacia de Santos - Manchas de óleo não devem chegar à costa

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Vazamento de óleo na Bacia de Santos - Manchas de óleo não devem chegar à costa

02/02/2012
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A Marinha do Brasil realizou ontem, dia 1º de fevereiro, um sobrevoo para avaliar os danos causados na área de exploração do pré-sal na Bacia de Santos, onde na última terça-feira, dia 31 de janeiro, cerca de 160 barris de petróleo vazaram para o mar por conta de um rompimento na coluna de produção do navio plataforma FPWSO Dynamic Producer, da Petrobrás, localizado na região de Carioca Nordeste, há 275 quilômetros da costa do Estado de São Paulo, a cerca de 250 quilômetros de Ilhabela. Um navio da Marinha também foi encaminhado para o local para acompanhar a ação.

Após o sobrevoo, que também foi acompanhado pela ANP (Agência Nacional de Petróleo), a Marinha do Brasil informou por meio de nota que foram avistadas manchas dispersas em uma área de aproximadamente 70 km² compostas de uma fina camada de óleo. Ainda segundo a nota, a mancha se desloca para sudoeste, o que confirmaria a baixa possibilidade de o óleo não alcançar o continente.

A Petrobrás, responsável pela operação no campo, também por meio de nota informou que a modelagem das correntes marítimas indica que o óleo não chegará à costa e que não há mais vazamento, pois com o rompimento o sistema de segurança fechou automaticamente o poço que parou de produzir petróleo.

A estatal também informou que está utilizando cinco embarcações na área, três recolhedoras de óleo e duas que fazem a dispersão mecânica do restante do petróleo que foi derramado no mar. A empresa ainda informou, por meio de comunicado, que está tomando todas as providências para que o óleo vazado não cause prejuízo à vida marinha. As causas do vazamento ainda estão sendo investigadas.

Autuações – Na última quarta-feira, dia 1º, o Ministério Público Federal (MPF) de São José dos Campos informou que abriu um inquérito civil para apurar o vazamento de óleo ocorrido no dia 31. Além das causas do vazamento, o MPF também quer saber a extensão dos danos ambientais e acompanhar as ações de controle ambiental que serão adotadas na área. O município de Ilhabela, próximo a área atingida, está sob jurisdição da Procuradoria da República de São José dos Campos.

Já o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) multará a Petrobrás em R$ 50 milhões, valor máximo previsto na lei brasileira, pelo lançamento de óleo no mar. Outras multas podem ser aplicadas conforme as investigações sobre as responsabilidades forem concluídas. A ANP também deverá autuar a estatal pelo vazamento.

A Petrobras poderá recorrer das multas do Ibama e das autuações da ANP.

 

Redação: Bombarco
Fonte: Portal de Notícias G1, site do jornal O Estado de S. Paulo e site do jornal Folha de S. Paulo

Foto: Divulgação/ANP