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como escolher um nome para o seu barco?

Primeiro Barco

como escolher um nome para o seu barco?

1º Barco 16/08/2017
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Escolher um nome para o seu barco é quase tão difícil quanto escolher o próprio barco, se não for mais. Para te ajudar nesse importante momento da sua vida náutica, listamos algumas dicas e curiosidades sobre o batismo de embarcação.


A tradição

Acredita-se que a tradição de nomear embarcações tenha começado com os egípcios, sendo seguida por gregos e romanos até chegar aos dias de hoje, que nomeavam seus barcos por superstição, para afastar a má sorte. Os nomes eram escolhidos para agradar os deuses e garantir uma viagem segura.

A cerimônia de batismo do barco teria surgido com os gregos e romanos, que faziam a oferenda de uma bebida aos deuses, também para assegurar bons ventos e boa ventura na viagem. Com o tempo, o champanhe tornou-se a bebida oficial dessas cerimônias. Quem nunca viu uma cena de uma garrafa sendo quebrada no casco de um novo navio?

A tradição com champanhe não é tão comum em embarcações de esporte e lazer, mas nada impede que você faça uma cerimônia para agradar Netuno e garantir bons mares. Só tome cuidado para não estragar o casco do barco novo.

 

Nomes

Como o intuito era agradar aos deuses, os primeiros nomes eram homenagens a eles e, nos caso dos cristãos, aos santos (que também invocariam a proteção em suas navegações). Hoje, com algumas superstições ligadas ao mar deixadas de lado e muitos barcos de esporte e recreio dominando os mares, os nomes mais comuns que vemos na popa e nos bordos das lanchas e veleiros tem uma ligação direta com o proprietário do barco.

Nomes de mulheres são populares. Leonildo Fritzen, por exemplo, batizou sua Phantom 300 como Luara II, em homenagem à neta; a Cimitarra 500 HT de Jucemar Nunes recebeu o nome da filha do comandante, Luiza XIV; e Jaime Portugal batizou sua Real Power Top 41 com o apelido da esposa, Bibbão. E quem pode esquecer a Lady Laura de Roberto Carlos? Portanto, se você tem uma mulher especial na sua vida, nomear seu barco em homenagem a ela é sempre uma boa escolha.

Até personagens fictícios tem vez. Eduardo e Patrícia Paiva colocaram o nome Marruah em sua Phoenix 230. Lembram da novela Pantanal?

As homenagens também podem ser feitas para os homens, sejam eles pais, maridos ou filhos. Christian Leite Rodrigues juntou as inicias dos filhos Matheus, Theo e Rafael e criou Martherra, nome de sua Real Class 220.

Seguindo a linha de nomes da família, usar o próprio sobrenome é garantia de que você não vai enjoar da alcunha. Roberto Samartin chama sua Intermarine 60 de Sam. E Daniel Prata batizou sua Maxima 280 de Pra2: Pra de Prata e o número 2 representando ele e a esposa.

Quem também fez uma brincadeira interessante com o nome do barco foi Claudio da Poian. O lancheiro comprou uma Bayliner 310 em parceira com um amigo e decidiu chamar a lancha de Fifty Fifty (Meio a meio). E o baiano Cleiton Vieira Marques quis levar um pouco da terra natal para Brasília e batizou sua Focker 240 de Mãinha da Bahia.



Os blogueiros e velejadores Hélio Viana e Mara Blumer também quiseram honrar a terra natal e, depois de seis anos construindo o veleiro, passaram um tempo procurando um nome verdadeiramente brasileiro. Hélio chegou a consultar um dicionário de Tupi, mas foi um amigo quem sugeriu o nome que conquistou Hélio: MaraCatu. O velejador gostou da sugestão por remeter a tradicional festa brasileira e por começar com Mara. Depois de descobrir que “Catu” significa “Bom” em Tupi, Hélio não teve dúvidas que aquele era o nome certo para o seu barco.

E, que tal batizar seu veleiro com nome do seu drink favorito? Renata Liu apelidou seu Bavaria 45 de Caju Amigo. Só lembre que quem comanda o barco não pode nem pensar em beber.

 

 

Mas algumas pessoas ainda mantém um pouco tradição, escolhendo nomes mitológicos. Wesley Rodrigues chama sua Fishing 24 CC de Phoenix, em homenagem à ave que renasce das próprias cinzas.

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Superstições

Voltando às superstições náuticas, você já deve ter ouvido falar que dá azar renomear o barco não é mesmo? Não existe nada que comprove que os deuses do Mar não gostem de mudanças, mas, se os supersticiosos preferirem não arriscar, um bom motivo para não trocar o nome da embarcação é preservar sua memória.

Gervásio Bonfim tem uma Carbrasmar 50, que recentemente passou por uma reforma que a transformou de barco de pesca a luxuosa lancha de cruzeiro. A embarcação já teve um dono antes de Gervásio que a batizou de Byruta’s e mesmo depois da reforma, o novo proprietário não quis saber de mudar o nome. “Faz parte da história do barco,” explica.

A superstição também pode gerar uma série de barcos diferentes com o mesmo nome e seguidos por números. Carlos Eduardo Souza e Silva, diretor de vela do Yacht Club de Ilhabela, acredita que o nome Orson tem trazido sorte a ele e já está em seu quinto veleiro com o nome inspirado num personagem de história em quadrinhos. O primeiro Orson foi um Microtoner 19; o segundo, um Aruba 28, o terceiro, um Delta 32; o quarto, um Skipper 30; e o quinto e atual é um Malbec 360. O barco muda, o nome não.


Regras e dicas

Lendas a parte, é preciso ficar atento a algumas regras determinadas pela Marinha do Brasil para a aprovação de nomes para embarcações de esporte e lazer. De acordo com a Norman-03, não serão aprovados nomes já registrados no Sistema de Gerenciamento de Embarcações (SISGEMB), ou seja, se você quiser batizar sua lancha ou veleiro de Estrela do Mar, por exemplo, mas já tiver um barco com esse nome registrado, vai ter que escolher outro. Uma solução para não fugir muito da ideia inicial é usar números ou mudar a grafia.

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Nomes que possam causar constrangimentos, como palavras obscenas e/ou ofensivas a pessoas ou instituições, também são vetados.

Outro detalhe ao qual é bom ficar atento é a pronuncia do nome, pois você tem que ter certeza que as pessoas do outro lado do rádio vai conseguir entender em caso de pedido de socorro ou uma simples identificação. Escolha um nome que soe bem.

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Redação: Bombarco