- Início
- Notícias
- Raio-x
- Guia do Capitão
- Lançamentos
Primeiro barco
Primeiras instruções para velejadores mirins
A Vela tem sido amplamente difundida no País. O mais recente estímulo veio pelo sucesso dos brasileiros Robert Scheidt e Bruno Prada nas Olimpíadas de Londres 2012. O esporte soma o maior número de medalhas do Brasil até as Olimpíadas deste ano e está em constante processo de difusão da tradição por aqui. Scheidt, equiparado aos grandes velejadores internacionais, destaca-se como exemplo para as futuras gerações de esportistas.
A modalidade estimula características importantes na formação da personalidade e pode ser considerada uma excelente escolha para a iniciação esportiva. Marco Antônio, professor de vela do Yacht Club Santo Amaro, aponta autoconfiança, concentração, agilidade, independência e tomada de decisão como competências estimuladas pela prática da vela:
“É um esporte totalmente saudável e parceiro do meio ambiente, tendo em vista que o combustível é o vento”, aponta ele. O respeito às forças da natureza é parte fundamental do esporte.
Crianças entre sete e oito anos, que saibam nadar, já podem frequentar uma escola de vela. Segundo o professor, os mais jovens normalmente têm seu primeiro contato com barcos da classe Optimist, mas os da classe Dingue também são bastante usados, principalmente em projetos sociais, e chegam a comportar até quatro crianças. “Em cursos que visam treinamento para competição as crianças seguem mais ou menos o seguinte caminho – iniciam no Optmist velejando até os 14 ou 15 anos de idade, passam para o Laser 4.7 e vão evoluindo de acordo com a estatura e a técnica, alguns adolescentes preferem migrar para a classe 420, barco para duplas”, explica. Por velejarem de duas a seis pessoas em um barco, uma eficiente noção de trabalho em equipe é desenvolvida.
Marco adverte que as crianças costumam se sentir mais seguras velejando em represas do que no mar devido a pouca influência das correntezas e das ondas, além do espaço limitado à navegação. No mar ou em represas, coletes salva-vidas apropriados para cada estatura são indispensáveis como cita o Artigo 1.2 da Regra número 1 da ISAF (International Sailing Federation).
Para os pais que querem colocar seus filhos em contato com o esporte, o velejador orienta que, assim como em qualquer prática esportiva, o jovem deve ter vontade de participar. Se ele for forçado acaba tendo seu desempenho comprometido e, ainda, pode prejudicar o grupo.
Para os jovens que pretendem começar a velejar ele dá as seguintes dicas:
• Não se assustar com a quantidade de informações, já que a maioria delas é assimilada com o tempo;
• Escolher uma boa escola de vela, com nome e tradição;
• Manter a concentração durante as aulas na explicação do instrutor;
• Perguntar sempre que necessário, não ficando com dúvidas.
Renata Itaborahy e Vanessa Xavier para o Bombarco
Foto: Yacht Club Santo Amaro