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21/06/2010

ONG dos EUA captura 800 atuns-azul em gaiolas flutuantes na Líbia

A campanha da ONG Sea Shepherd Conservation Society em defesa do atum azul começou no dia 1º de maio e já obteve grandes resultados. Com o objetivo de impedir a pesca extrema da espécie a organização, no último dia 19 de junho, com o barco Steve Irwin, capturou cerca de 800 atuns-azul em gaiolas flutuantes na Líbia.

O helicóptero da Sea Shepherd, durante vôo de reconhecimento na manhã do dia 19 de junho, encontrou dois navios de pesca. Um deles transferia atum-azul em duas redes que estavam sendo rebocadas por uma embarcação italiana.

O capitão do navio italiano Cesare Rustico, que rebocava duas gaiolas; uma com cerca de 800 peixes e a outra vazia afirmou ter capturado os atuns na manhã do dia 14 de junho, último dia legal para a pesca da espécie, e que ali havia também peixes de outros setes navios. O fato deixou os tripulantes da Sea Sherpherd desconfiados, pois em observações nos dias 13 e 14 junho, os tais navios citados não estavam pescando. Além disso, as condições meteorológicas naqueles dias tornavam a pesca praticamente impossível.

Segundo publicado em no site da ONG, o barco Steve Irwin tentou enviar sinais para notificar a ICCAT (Comissão Internacional para a Conservação do Atum do Atlântico) de possíveis violações, mas não obteve respostas.

Ainda em relatos publicados no site da organização, a tripulação da Sea Shepherd teve de mergulhar até a gaiola de pesca para identificar o tamanho, a idade e a quantidade de peixes da espécie atum azul que estavam na rede. Ficou claro que a gaiola estava abarrotada e que havia um percentual alto de atuns jovens, os mergulhadores libertaram cerca de 800 atuns. “Eles dispararam para fora da rede, como cavalos de corrida”, disse o cinegrafista canadense Simon Ager.


Extinção do atum-azul
O atum-azul enfrenta atualmente a caça e a pesca extrema, e as populações têm diminuído em pelo menos 85% desde que a pesca industrial começou. Altas cotas do atum-azul são fixadas pela Comissão Internacional para Conservação do Atum do Atlântico (ICCAT), de 13.500 toneladas, mas, na realidade, mais de 60.000 toneladas de atum-azul são mortos a cada ano.
A espécie é uma das maiores e mais rápidas do mundo. É também um peixe de crescimento lento e de longa vida, tornando a atual crise causada pela pesca mais grave não só para o atum, mas para os ecossistemas do oceano em que vivem.

Mais informações acesse o site www.seashepherd.org.br


Redação: Bombarco
Fonte: Sea Shepherd

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