No último domingo, 30 de março, foi encerrada a primeira etapa do XIV Circuito de Vela de Ilhabela - Copa Suzuki Jimny, em Ilhabela, São Paulo. O evento foi realizado em quatro dias, dois finais de semana. Ao todo, foram sete regatas para a classe HPE, cinco para as classes IRC e C30 e quatro para as demais. Entre os concorrentes, alguns se destacaram com 100% de aproveitamento, como o CA Technologies, de Marcelo Massa na C30.
"Faço questão de manter a mesma tripulação base e sempre contar com os velejadores aqui de Ilhabela", completa Massa. Caballo Loco, de Mauro Dottori vem logo atrás com oito pontos e Caiçara Porshe, de Marcos de Oliveira Cesar em terceiro.
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Na IRC, o veleiro Orson venceu a última regata, quebrando a invencibilidade do santista Rudá. A tripulação comemorou o resultado e está a apenas dois pontos do líder. Na sequência vem Inaê Transbrasa com 12 pontos perdidos e o Atlântica com 18.
A classe HPE é uma das mais numerosas do Brasil e uma das mais competitivas do circuito. Com projeto idêntico para todos os barcos, não há correção de tempo, mas o descarte obrigatório ajuda na composição do resultado. Melhor para o Fit to Fly, que descartou um sétimo lugar na sexta regata e manteve a vice-liderança com 11 pontos perdidos, apenas dois atrás do líder Ginga. Suzuki Bond Girlé o terceiro colocado com 25 pontos.
A classe RGS tem o veleiro Asbar II na liderança, seguido por BL3 Urca e Suduca. "Estamos velejando com nossos alunos da BL3 e todos tem feito um excelente trabalho", diz comandante Pedro Rodrigues, que acumula 13 pontos perdidos.
Na RGS Cruiser, o BL3 Wind Nautica venceu a primeira etapa, seguido pelos veleiros Cocoon e Jambock.
Embora os primeiros colocados de cada classe tenham ficado com o título da etapa, o evento ainda está muito longe do fim. Até dezembro, serão realizadas três etapas em seis finais de semana. "Eles são os barcos a serem batidos porque saíram na frente, mas estamos muito entrosados e vamos reduzir essa diferença", diz Mauro Dottori, comandante do Caballo Loco, vice-lider na C30.
O próximo desafio acontece nos dias 31 de maio, 1, 7 e 8 de junho, evento válido pela segunda etapa do Circuito de Vela de Ilhabela - Copa Suzuki Jimny e Warmup da Rolex Ilhabela Sailing Wek.
Reforço do projeto Navegar
Criado em 2002 pela Prefeitura de Ilhabela em parceria com o Governo Federal, o projeto Navegar vem cumprindo a missão de orientar a vida profissional de crianças da rede pública de ensino através da prática da vela e lições de sustentabilidade. Durante o Circuito de Vela de Ilhabela - Copa Suzuki, o barco CA Technologies venceu todas as regatas da classe contando com a ajuda Matheus Amaral e Amauri Gonçalves, ambos formados pelo projeto. "Além de serem excelentes velejadores, provam que o Navegar tem um papel social fundamental", elogia o comandante Marcelo Massa.
Amauri Gonçalves ingressou no Navegar aos dez anos de idade. Lá, ele aprendeu sobre vela, além de disciplina, noções de sustentabilidade, vela de oceano e a importância do trabalho em equipe. Gostou tanto do que vivenciou, que hoje, aos 18 anos, além de seguir no esporte, tornou-se professor do projeto. "Tenho cerca de 100 alunos em dois períodos. É muito gratificante poder ensinar um pouco do que aprendi. Sempre me enxergo nas dificuldades e medos com que as crianças chegam e isso me ajuda a trabalhar com eles", conta Gonçalves.
Matheus Amaral tem 19 anos e há nove mora em Ilhabela, onde também participou do Navegar. A família de Matheus saiu do Guarujá fugindo da violência local para buscar abrigo numa das cidades mais charmosas do litoral norte. Hoje, ele e o pai trabalham no Yacht Clube de Ilhabela, onde acontece o maior circuito de vela de oceano do país. "Posso dizer que a decisão dos meus pais de virem para Ilhabela mudou a minha vida", afirma Amaral.
Além dos jovens, Marcelo Massa convidou para embarcar na disputa pelo título do Circuito de Vela de Ilhabela o velejador Marcelo Cruz, professor de Amauri nos tempos de projeto.
Confira os resultados da 1ª etapa da Copa Suzuyki Jimny com descarte!
HPE
1 - Ginga (Bruno Chvaicer) – 9 pontos perdidos
2 - Fit To Fly (Eduardo Mangabeira) – 11 pontos perdidos
3 - Suzuki Bond Girl (Rique Wanderley) - 25 pontos perdidos
4 - Repeteco (Fernando Haaland) – 29 pontos perdidos
5 - Bronco (Caio Prado) - 31 pontos perdidos
6 - Conquest (Marco Hidalgo) - 32 pontos perdidos
7 - Artemis (Mark Essle) - 36 pontos perdidos
8 - Aventura 55 (José Otavio M. Vita) - 36 pontos perdidos
9 - IOX (Marcelo Bellotti) - 49 pontos perdidos
10 - Takra (Luiz Eduardo D’Almeida) - 57 pontos perdidos
11- Euphoria (André Homem de Mello) - 58 pontos perdidos
12 - Pangaré (Marcelo Christiansen) - 64 pontos perdidos
13 - Xereta (Luiz Rosenfeld) - 71 pontos perdidos
C30
1 - CA Technologies (Marcelo Massa) - 4 pontos perdidos
2 - Caballo Loco (Mauro Dottori) - 8 pontos perdidos
3 - Caiçara Porsche (Marcos de Oliveira Cesar) - 11 pontos perdidos
4 - + Realizado (José Luiz Apud) - 16 pontos perdidos
5 - Barracuda (Humberto Diniz) - 16 pontos perdidos
IRC
1 - Rudá (Mario Martinez) - 5.0 pontos perdidos
2 - Orson (Carlos E. S. Silva) - 7.0 pontos perdidos
3 - Inaê Transbrasa (Bayard Umbuzeiro Fo.) - 12.0 pontos perdidos
4 - Atlantica (Enio Ferreira Jr.) - 18.0 pontos perdidos
RGS
Asbar II (Sergio Klepacz) - 6.0 pontos perdidos
BL3 Urca (Pedro Rodrigues) - 13.0 pontos perdidos
Suduca (Marcelo Claro) - 15.0 pontos perdidos
Helios (Marcos Gama Lobo) - 19.0 pontos perdidos
Anequim (Paulo F. Moura) - 21.0 pontos perdidos
Alísios (Roberto Ilnuma) - 22.0 pontos perdidos
Xiliky (Fabio Cantanhede) - 24.0 pontos perdidos
Colin (Sebastian Menendez) - 28.0 pontos perdidos
RGS C
Rainha Empr. Capital (Leonardo Pacheco) - 5.0 pontos perdidos
Sextante (Thomas Shaw) - 10.0 pontos perdidos
RGS Cruiser
BL3 Wind Nautica (Clauberto Andrade) - 4.0 pontos perdidos
Cocoon (Luiz Marcelo Caggiano) - 10.0 pontos perdidos
Jambock (Marco Aleixo) - 13.0 pontos perdidos
Boccalupo (Claudio Melaragno) - 14.0 pontos perdidos
Brazuca (José Rubens Bueno) - 20.0 pontos perdidos
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Redação Bombarco
Fonte: Press
Foto: Aline Bassi
