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Maxima Yachts, o sonho realizado de Alexandre Cianciulli

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Maxima Yachts, o sonho realizado de Alexandre Cianciulli

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Projetista mecânico e naval, Alexandre Cianciulli entrou para mundo náutico sem grandes pretensões, há pouco mais de dez anos, e, hoje, aos 44 anos, garante orgulhoso que está realizando seu sonho, desenhando e construindo seus próprios barcos, no comando do estaleiro Maxima Yachts, estaleiro do Guarujá que no seu quarto ano de existência já tem dois barcos muito bem sucedidos no mercado e se prepara para lançar o terceiro.

Projeto audacioso

A carreira de Alexandre no mercado náutico começou na MCP Yachts, estaleiro brasileiro especializado em iates de alumínio, em 2001. Lá passou oito anos, aprendendo tudo o que podia sobre projetos e construção de embarcações, tendo como professor ninguém menos que o próprio Manoel Chaves, fundador do estaleiro. Quando saiu, foi para investir em seu próprio talento e negócio, fundando a Maxima Yachts.

O começo da empreitada, Alexandre admite, foi mais fácil, já que contava com um sócio que acreditou em seu potencial e também investiu nele. Agora, o empresário está sozinho no comando do estaleiro e reconhece que a responsabilidade pesa, mas está muito feliz com o que alcançou, especialmente no último ano: apesar do momento econômico delicado do país, a Maxima Yachts teve 25 lanchas vendidas, lançou a Max 280 e está preparando para lançar a Max 250 FR. A Max 380, o audacioso primeiro modelo projetado por Alexandre para o estaleiro também terá novidades em breve, pois está passando por uma reestilização e será relançada.

Audacioso também é todo o projeto da própria Maxima Yachts, já que todos os componentes das lanchas são construídos no estaleiro que fica na Vila Santa Rosa, no Guarujá. Do casco a tapeçaria e peças de inox das lanchas Maxima, além das partes elétrica e mecânica dos barcos, tudo é feita lá. “A Maxima Yachts é autossuficiente,” afirma orgulhoso.

Mercado náutico brasileiro

Tendo como exemplo o próprio sucesso, Alexandre é otimista com a situação do mercado náutico nacional. Reconhece que o mercado de luxo é o primeiro a sentir os impactos da instabilidade econômica e política, mas vê o futuro brilhante para os estaleiros que resistirem e afirma que só sobreviverão os que realmente fizerem produtos de qualidade.

O empresário também acredita que a forte presença de estaleiros internacionais também será positiva para o setor náutico brasileiro, já que os fabricantes estrangeiros trouxeram com eles sua alta tecnologia e know how de um mercado muito mais desenvolvido que o nacional, forçando os fabricantes brasileiros a apertarem o passo e se adaptarem ao padrão.

Claro que essa história também tem um ponto negativo, a necessidade de os estaleiros nacionais dividirem o nosso ainda pequeno mercado com os estrangeiros. “Vivemos um momento delicado da economia. E nesses momentos o mercado de luxo é o primeiro a ser afetado,” comenta Alexandre. “Mas acredito no futuro do mercado náutico brasileiro. A tendência é melhor e crescer,” completa o sonhador realizado.

Marília Passos
Foto: Alexandre Cianciulli/Arquivo pessoal