Os seis barcos da classe olímpica Elliott 6M adquiridos pelo Veleiros do Sul chegaram na sexta-feira, 7, na sede do clube em Porto Alegre. Construídos na China, os barcos foram adquiridos do estaleiro neozelandês Elliott Marine ao valor de R$ 102 mil cada, através da Lei de Incentivo ao Esporte. O Projeto Olímpico incentivado do VDS teve início no final de 2008 e contou com a parceria do Ministério do Esporte e das empresas Bradesco e Unifertil.
A chegada dos Elliotts é um passo importante para a vela olímpica brasileira que agora conta com estes barcos modernos e de alta performance. O Veleiros do Sul abriga atualmente um Núcleo de Vela de Alto Rendimento, homologado pela Confederação Brasileira de Vela e Motor (CBVM), que nas suas atribuições estão os treinamentos de velejadores da Equipe Permanente de Vela Olímpica, das tripulações Pan-americanas e de Vela Jovem.
Pela parceria firmada entre o VDS e a CBVM os barcos Elliott 6M ficarão a disposição das equipes femininas olímpicas em Porto Alegre e no Rio de Janeiro para treinamento e aperfeiçoamento na modalidade de match race. Mas o clube também já recebeu solicitações de tripulações de outros países, como Argentina, Uruguai e Chile para participarem de clínicas de vela.
Os barcos Elliott 6M
Desenhado pelo neozelandês Greg Elliott, o Elliott 6 metros é um barco de alto desempenho, responde bem em todos os pontos de manobras e acelera rapidamente. Ao ser escolhido para um barco olímpico feminino em 2008 teve algumas alterações no seu equipamento original, como a área vélica reduzida para melhor velejar em uma maior faixa de condições de vento e com peso máximo da tripulação (três mulheres) de 205 kg na Olimpíada.
Desde que foi lançado em 2000, o Elliott 6 servia como barco de treino para jovens velejadores da Flotilha Real Neozelandesa, substituindo o velho Elliott 5.9 de mais de 20 anos atrás.
O mais significativo entre os designers neozelandeses, ele superou os Ynglings como o barco usado pelas flotilhas femininas para treinamento olímpico. Acabou por substituí-lo totalmente quando foi adotado pela Federação Internacional de Vela (ISAF) para o match race após os Jogos de Pequim.
Os barcos têm mastro e retrancas de fibra de carbono e área vélica levemente menor que o modelo original, favorecendo a navegação com ventos acima de 25 nós. Tem quilha removível para poder ser facilmente transportado. O convés tem bordas mais elevadas para que a tripulação tenha mobilidade no caso de vento muito forte ou inclinação acentuada, o que é fundamental para a velocidade do barco. O calado é de 1m66cm, com comprimento de 6 metros e largura de 2m35cm.
Redação: Bombarco
Fonte: Veleiros do Sul – www.vds.com.br
Foto: Ricardo Pedebos/ Divulgação VDS