Sua mensagem foi enviada com sucesso!
Extreme Sailing Series começa nesta quinta-feira em Florianópolis

Notícias

Extreme Sailing Series começa nesta quinta-feira em Florianópolis

13/11/2013
Compartilhar

A partir desta quinta-feira, 14 de novembro, até domingo, 17, será disputado o Ato 8 Florianópolis da Extreme Sailing Series, com participação Team Brazil, representando o país o sede na competição de veleiros catamarãs de 40 pés. Guardadas as proporções da distância que separa a equipe dos outros sete times internacionais em relação à afinidade com os barcos voadores, o esforço dos brasileiros na última semana em Florianópolis reflete a vontade de oferecer aos fãs da vela o melhor desempenho possível. A primeira regata está prevista para as 14h, na arena do Trapiche da Av. Beira Mar e a largada será dada pelo prefeito Cesar Souza Jr.

O tático André Mirsky passou os últimos dias praticamente em tempo integral ao lado ou a bordo do Team Brazil Mapfre, primeiro nos acertos em terra e depois em treinos exaustivos. "Na última terça-feira, o treinamento finalmente começou a render. Passamos a conhecer melhor o barco, acertamos os ângulos de manobra e conseguimos velejar rápido com um dos cascos fora d’água. Foi empolgante! Quando vimos, já passava das 20h e ainda estávamos treinando", afirma Mirsky, recompensado pela dedicação. "Com as velas novas, buja e balão, devemos evoluir ainda mais," completa.

O coordenador da equipe brasileira, Lars Grael, chegou otimista a Florianópolis, mas está ciente de que os adversários estão mais bem preparados. "Temos de ser realistas. Vamos na raça, é o que temos. Vou dar um suporte geral e acompanhar atentamente os últimos treinos para ver o que pode ser melhorado. Serei também o intermediário com a Comissão de Regatas. É importante para sabermos usar as regras", define o medalhista olímpico.

Durante as regatas, Lars estará o tempo todo próximo à raia no bote de apoio do Team Brazil Mapfre ao lado de Cláudia Swan, analisando cada movimento da tripulação brasileira. No intervalo entre as provas terá a oportunidade de levar informações e orientações ao comandante e timoneiro Clínio de Freitas. "No ano passado tive essa experiência no Rio, com o Torben, que era o nosso comandante. Agora podemos aprimorar o trabalho. Quanto à estratégia, vai depender muito das condições do vento na hora da largada."

O momento da partida, por sinal, é considerado pelo comandante Clínio como o maior desafio para a tripulação brasileira. "Vamos torcer para que o vento não esteja tão forte nas largadas. Com vento moderado, nossas chances aumentam porque podemos manobrar com mais eficiência, nivela o nível da flotilha. Se a intensidade aumentar, teremos de priorizar a segurança dos tripulantes e será melhor para os adversários," explicou o skupper. A previsão para esta quinta-feira é de vento Nordeste, entre 10 e 15 nós (entre 18 e 27 km/h).

Desde a chegada de Porto Alegre, onde conquistou o Sul-Americano de Nacra 17, Clínio tem se dedicado a assimilar as variadas reações da veloz embarcação. "No último treino quase capotamos. Faltou pouco. Algumas situações, só teremos a oportunidade de experimentar e enfrentar em pleno à disputa. Vamos fazer a nossa , regata com o máximo entusiasmo e esperar para ver o que acontece ". O trimmer Daniel Santiago e os catarinenses Bruno di Bernardi e André Chang, responsáveis pela proa, completam a equipe brasileira.

Duelo final

Enquanto o Team Brazil Mapfre ocupa a posição do barco convidado, o sétimo lugar na classificação geral, líder e vice-líder vêm sustentando um duelo à parte desde a primeira etapa da temporada, em março, no Omã. O líder omani, The Wave Muscat, tem a seu favor cinco vitórias em seis competições. A tripulação suíça do Alinghi traz no retrospecto do ano, a regularidade como principal virtude. É a única que conheceu o pódio em cada país onde a Extreme Sailing Series passou.

A vantagem que o The Wave Muscat traz sobre o Alinghi para Florianópolis é de apenas dois pontos, mas não chega a preocupar o britânico Leigh McMillan. "Não estou pensando em bicampeonato. Essa é a nossa meta, mas vamos correr regata por regata. Florianópolis é excelente. Tudo por aqui é muito bonito e as perspectivas são as melhores para os próximos dias", avalia McMillan.

No Alinghi, a promessa é de lutar em águas brasileiras até que as chances se esgotem. Os suíços precisam chegar à frente dos omanis e ainda esperar que pelo menos um barco se coloque entre ambos ao final da etapa catarinense. "A tripulação do The Wave Muscat é muito talentosa. Eles não deixam margem para erros. Teremos de velejar em Florianópolis em nosso mais alto nível para termos pelo menos uma chance contra eles. Sabemos que é possível, mas não vai ser uma tarefa fácil", prevê o americano Morgan Larson, comandante do Alinghi.

Como Florianópolis oferecerá pontuação dobrada, devido ao peso da decisão, outras três equipes, até a quinta colocada, têm chances matemáticas de chegar ao título: Red Bull Sailing Team (Austrália), SAP Extreme Sailing Team (Dinamarca) e Realteam (Suiça). Ao longo do ano, os times foram acumulando pontos sempre com o mesmo critério, que atribuiu sucessivamente, dez pontos ao primeiro colocado e três ao oitavo, em cada país. No Brasil, esses números serão multiplicados por dois. Estão previstas até oito regatas em cada um dos quatro dias que apontarão o campeão da Extreme Sailing Series de 2013.

Classificação geral após sete etapas
1 - The Wave, Muscat (Omã) - 56 pontos
2 - Alinghi (SUI) - 54 pontos
3 - Red Bull Sailing Team (AUT) - 45 pontos
4 - SAP Extreme Sailing Team (DEN) - 41 pontos
5 - Realteam (SUI) - 35 pontos
6 - GAC Pindar (NZL) - 30 pontos
7 - Barco do País (tripulação convidada) - 26 pontos
8 - Team Korea (KOR) - 16 pontos

Redação Bombarco
Fonte: ZDL
Foto: ZDL/Divulgação