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Match Race Brasil: Marinha conquista bicampeonato com Henrique Haddad

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Match Race Brasil: Marinha conquista bicampeonato com Henrique Haddad

12/11/2012
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No formato pontos corridos, o Match Race Braisl foi disputado entre os dias 8 de 11 de novembro, na Baía da Guanabara, no Rio de Janeiro. E com 7,5 pontos, a equipe Marinha do Brasil conquistou o bicampeonato, superando outras sete equipes com fortes nomes da vela na tripulação. O barco comandado pelo jovem Henrique Haddad venceu sete matches e chegaram em segundo lugar na única flotilha (fleet race) do campeonato, faturando o prêmio de R$ 23 mil  e o Toféu Roger Wright. O Veleiros do Sul ficou com o vice-campeonato, com seis pontos, e o Rio Yacht Club, em terceiro, com 4,5 pontos.

"É um momento especial ser bicampeão. As coisas não foram fáceis, apesar de velejar em casa, na Baía de Guanabara. O vento foi fraco na maioria do campeonato, mas nosso desempenho foi impressionante. Foi igual ao futebol, fomos obrigados a vencer quase tudo para sair como título. O nosso jogo de seis pontos foi contra o Veleiros do Sul, neste domingo (dia 11). Eles valorizaram a nossa conquista", contou Henrique “Gigante” Haddad, que terá agora voos maiores: continuar como destaque na vela oceânica nas classes HPE e C30, além de lutar por uma vaga olímpica na 470, em 2016. "Meu foco é disputar os Jogos aqui no Brasil na classe 470 e continuar a velejar em outros barcos para ganhar ainda mais experiência e ritmo de regata," completou.

Os militares contaram com uma ajuda especial a bordo: André ‘Bochecha’ Fonseca, velejador experiente que já participou de Volta ao Mundo e é um dos poucos profissionais da modalidade no Brasil. "Eu vim aprender com ele e a minha contribuição foi acalmar a molecada dentro do barco. Eles serão favoritos nas próximas competições, já que cada vez mais se especializam na modalidade. O Match Race é igual xadrez, quanto mais você joga, melhor fica", adiantou Bochecha.

Com desempenho perfeito no início, o Veleiros do Sul acabou sendo derrotado pelos favoritos Marinha do Brasil e Rio Yacht Club nos matches finais. "Nosso desempenho é fruto de muito treino e dedicação em Porto Alegre. Pecamos em alguns detalhes e dois erros tiraram a gente no lugar mais alto do pódio. Não poderíamos perder para a Marinha. Ficou um gostinho amargo, mas a certeza de que vamos corrigir nas próximas edições. Mesmo assim, a prata mostra que nosso trabalho é forte", revelou Geison Mendes, tático da equipe gaúcha.

Em terceiro ficou o Rio Yacht Club, da família Grael, desta vez comandada por Marco Grael. "Faltou um pouco de treino e entrosamento. No começo, os resultados foram ruins, mas conseguimos a recuperação no final vencendo as regatas e subindo para terceiro. O campeonato reuniu os melhores do País e correr com a família é sempre divertido," afirmou.

Para não atrasar o cronograma, que foi prejudicado pela ausência de ventos nos dois últimos dias, a Comissão de Regatas mudou a fórmula e deu o título à tripulação que somou mais pontos na fase de classificação, o chamado round robin. Todas as equipes se enfrentaram nas águas cariocas. "É muito mais justo para o velejador e está na regra. Fizemos todos os duelos possíveis, ou seja, todos correram contra todos e o confronto direto definiu o melhor na água, assim como no futebol. A primeira fase é sempre é round robin em todas as competições do mundo e sempre que necessário por causa das condições de vento, o campeão sai sem o mata-mata", revelou Nelson Ilha, juiz internacional de vela e com participação em cinco olimpíadas.

Participação feminina

A tripulação do Ciaga, única equipe 100% feminina da história do evento, ganhou duas regatas e terminou na sétima colocação, o que foi bastante comemorado pelas mulheres. "Estamos cada vez mais próximas dos meninos. Com mais treinos em barcos como esse podemos melhorar ainda mais. Ganhamos mais respeito nas provas e isso é fundamental. Foi legal, não terminarmos em último", disse a comandante Renata Decnop, que fará campanha olímpica de 470 com Isabel Swan.

De olho em 2016

Assim como Haddad, Decnop e Swan, a maioria dos atletas que participou do evento está focada no desafio especial de representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de 2016, que será disputada no Rio de Janeiro. Os velejadores usam as técnicas do match race para aprimorar as manobras, ter mais timming de largada e, principalmente, simular estratégias nas regatas decisivas. O estilo do campeonato, com embarcações rigorosamente iguais, favorece na evolução técnica.

Classificação final:

1º - Marinha do Brasil (Henrique Haddad) - 7,5 pontos
2º - Veleiros do Sul (Samuel Albrecht) - 6 pontos
3º - Rio Yacht Club (Marco Grael) - 4,5 pontos
4º - Búzios Vela Clube (Alexandre Saldanha) - 4 pontos
5º - Yacht Club Ilhabela (Maurício Santa Cruz) - 3,25 pontos
6º - Iate Clube do Rio de Janeiro (Thomas Low-Beer) 3 pontos
7º - Ciaga (Renata Decnop) - 2 pontos
8º - Clube Naval Charitas (Rafael Pariz) - 1,25 ponto

Redação Bombarco
Fonte: ZDL
Fotos: AGIF