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Mercado náutico: Rio de Janeiro concentra 25% da frota de barcos acima de 16 pés do Brasil

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Mercado náutico: Rio de Janeiro concentra 25% da frota de barcos acima de 16 pés do Brasil

30/11/2012
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Na quarta-feira, 28 de novembro, foi apresentada, no Rio de Janeiro, a pesquisa “Indústria Náutica: Fatos e Números 2012”, trabalho inédito de parceria da Acobar com o SEBRAE/RJ, o Forum Náutico Fluminense, a Secretaria De Desenvolvimento do Estado do Rio De Janeiro e o Santander. Os dados mostraram uma grande concentração da frota brasileira, que já atingiu a marca de 70 mil embarcações em trânsito, das quais 16,4% são veleiros e 83,6% são embarcações a motor, no estado do Rio de Janeiro.

De acordo com a pesquisa, realizada no período entre o Rio Boat Show e o São Paulo Boat Show de 2012, a região sudeste concentra 53% da frota nacional de lanchas e 48% dos veleiros, sendo que o Estado do Rio de Janeiro, sozinho, detém 25% da frota de embarcações acima de 16 pés.

“Isso se deve não apenas ao fato de termos no Estado do Rio três regiões náuticas com atrativos diferenciados como a Região Metropolitana, a Costa Verde e a Região dos Lagos, mas, sobretudo, ao esforço que tem sido feito para dinamizar a estrutura produtiva náutica fluminense”, disse diretor-superintendente do SEBRAE/RJ, Cezar Vasquez, destacando que em função do estado do Rio ter ainda 24,2% das estruturas de apoio náutico, acaba sendo responsável por quase 35% dos empregos diretos do setor náutico em nível nacional. “A pesquisa confirmou o número relevante de empresas de pequeno porte que trabalham na cadeia produtiva da indústria náutica que já emprega, em todo o país, um conjunto de 7.000 funcionários diretos, além de oferecer 5.000 vagas temporárias em períodos de alta demanda”, afirmou Vasquez.

Segundo carro

O presidente da ACOBAR, Eduardo Colunna, reforçou a tendência observada de que uma parcela das famílias brasileiras de classe média, que em sua maioria já possuem casa própria, automóveis e outros bens de consumo duráveis, apresentam renda disponível para adquirir e manter uma embarcação de porte pequeno ou médio. “Apesar da visibilidade dos estaleiros especializados em embarcações de alto padrão, o fato mais importante no mercado náutico brasileiro atual é o crescimento da demanda por embarcações com comprimento entre 20 e 26 pés, com valores em torno de 60 mil reais”, destacou Colunna, completando que as práticas de financiamento com taxas de juros razoáveis no mercado estão permitindo que o brasileiro comece a ter a lancha como um “segundo carro” da família.

A pesquisa retratou ainda o crescimento da rede de varejo que atende ao mercado náutico brasileiro, hoje com cerca de 350 lojas especializadas que se reúnem em torno das estruturas de apoio náutico e dos maiores centros consumidores do país, com destaque  para as capitais e litoral das regiões Sudeste, Sul e Nordeste e também para os polos emergentes no interior.

Para Alexandre Gurgel, diretor de política Industrial e novos negócios da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (CODIN), os números apontados na pesquisa reforçam e confirmam a decisão do estado fluminensa em tratar o setor náutico como prioridade na pauta econômica do Governo. “A pesquisa retratou muito bem o status econômico dos principais estaleiros, fabricantes de equipamentos e acessórios náuticos, prestadores de serviço e marinas fluminenses”, disse Gurgel, destacando que apesar do Rio de Janeiro liderar a oferta de vagas para abrigo de embarcações, por concentrar 35,7% das vagas molhadas disponíveis no mercado brasileiro, ainda há muito a ser feito. “Estamos estudando meios para incrementar a oferta de vagas privadas e públicas para embarcações. O Rio ainda vai avançar muito neste sentido nos próximos dois anos”, completou.

A coleta de dados foi feita por contato direto com as mais importantes empresas do mercado náutico brasileiro – inclusive as estruturas de apoio,  entre elas marinas, garagens náuticas, iates clubes, estaleiros, fabricantes de equipamentos e acessórios, varejistas, prestadores de serviços e importadoras em atividade no Brasil.

 

Redação Bombarco
Fonte: Assessoria de Imprensa da ACOBAR
Fotos: Bombarco