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Mitsubishi Sailing Cup - Mulheres mostram seu potencial no circuito

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Mitsubishi Sailing Cup - Mulheres mostram seu potencial no circuito

27/07/2012
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Na história antiga, os homens costumavam desbravar os sete mares enquanto as mulheres ficavam em terra para cuidar da família. No século XXI, isso mudou. A força das mulheres na vela está crescendo cada vez mais e uma prova clara disso pode ser vista na terceira temporada da Mitsubishi Sailing Cup. Pela primeira vez na competição, um barco 100% feminino, o Pajero/Gol, fez parte da flotilha da classe S40.

"É importante termos um barco só feminino, porque as mulheres têm total capacidade de conduzir os veleiros S40. Nós pegamos mais de 23 nós de vento e demos conta do barco, que é difícil. Nós acertamos bastante nas largadas e no contra-vento e até demos um calor nos homens. Então, estamos muito felizes", afirma Isabel Swan, que entrou para a história ao garantir a medalha de bronze da classe 470 nos Jogos Olímpicos de Pequim, resultado inédito entre as mulheres brasileiras.

Filha de Torben Grael, Martine fez sua estreia no comando de barcos maiores durante a primeira etapa da Mitsubishi Sailing Cup, em Ilhabela (SP). Para a velejadora, as meninas do Pajero/Gol surpreenderam os homens. "Os rapazes, normalmente, esperam que as mulheres não saibam nem passar uma cabo na catraca. Mas todas as meninas do veleiro estão em um nível muito bom, em sintonia e aprendendo muito com barcos maiores", explica.

Estrutura

Isabel Swan é uma das mais vitoriosas velejadoras do veleiro Pajero/Gol. Experiente, a trimmer vê uma grande evolução na vela feminina, principalmente após a criação da classe olímpica de Match Race. Isabel destaca que a estrutura de barcos e técnicos melhorou muito nos últimos anos e isso fez com que as meninas chegassem a grandes competições, como a Mitsubishi Sailing Cup, muito mais preparadas.

"Com melhores condições, as meninas subiram de nível por experimentarem uma campanha olímpica e isso reflete muito no andamento do barco. Quando nós entramos em barcos como os S40, temos mais confiança por ter mais espaço para treinar. Vejo que a geração que está vindo do Brasil é forte e talentosa", exalta a medalhista olímpica.

Uma das meninas que se prepara para uma campanha visando os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em 2016, é Kyra Penido. A velejadora tentará uma vaga ao lado marido, André Mirsky. "Eu acho que as mulheres têm o mesmo potencial que os homens. Às vezes, falta um pouco de força, mas temos muita confiança. Acredito que, se novos espaços se abrirem para as mulheres, sempre haverá meninas querendo velejar", afirma.


Fonte: Mitsubishi Sailing Cup
Foto: Tom Papp / Mitsubishi