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Noruega, Islândia e Japão: os grandes caçadores de baleias do mundo

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Noruega, Islândia e Japão: os grandes caçadores de baleias do mundo

Casos e Contos 30/11/-0001
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A caça de baleia no mundo não é um problema atual. Desde a década de 1940 muitos países lutam para extinguir a prática em todo o mundo. Em 1946, o índice de caça as baleias era tão alto que 25 países, inclusive, o Brasil, decidiram criar a Comissão Internacional de Caça as Baleias, que tinha como principal objetivo diminuir o índice de mortes desses mamíferos, prevendo a extinção desses animais em um pequeno espaço de tempo:

“Na época existiam muitas empresas, até mesmo aqui no Brasil, que se baseavam nas baleias como matéria prima para seus produtos”, declara Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha oceano do Greenpeace.

Mas, foi a partir da década de 1980 que os países conseguiram, por meio de um decreto, proibir a caça comercial de baleias em todo o mundo, permitindo à caça, apenas, para fins científicos. A proibição à caça acabou com os massacres em massa, mas não extinguiram as mortes de inúmeros animais: “Países como a Noruega e Islândia nunca respeitaram a lei, nem mesmo o Japão que captura cerca de mil baleias minke, na Antártica, todos os anos sob o pretexto de fazer pesquisas científicas”, garante a coordenadora.

Há três anos, ativistas do Greenpeace invadiram um navio japonês e descobriram inúmeras caixas de carnes de baleias nos porões. Ao atracarem no porto, tripulantes japoneses vendiam as baleias no mercado negro – o Japão, assim como Noruega e Islândia, tem longa tradição no consumo da carne e do óleo de baleias –, a notícia eclodiu por todo o mundo e o governo do Japão entrou com processo contra os ativistas, acusando-os de ladrões:

“Só no ano passado o mal foi esclarecido e o governo do Japão condenou os verdadeiros culpados pela caça ilegal de baleias, os tripulantes do navio”, revela a coordenadora.

De acordo com Leandra, a caça de baleias no Japão está relacionada diretamente ao governo do país. Já que 70% da população nipônica são contra a prática:

“Para diminuir a caça baleeira é preciso que a população japonesa se oponha e mostre insatisfação com a atuação do governo. Esse seria o único caminho”, revela.

No Brasil

Desde 1985, quando o País era presidido por José Sarney, o Brasil recupera sua população baleeira, após a proibição da caça comercial de baleias em todo o mundo:

“Hoje, mais de 20 anos depois, podemos perceber a recuperação da população desses mamíferos. Não só baleias como também golfinhos”, explica a coordenadora da campanha oceano do Greenpeace

Vale lembrar que o ciclo de reprodução das baleias é extremamente lento: em média, uma fêmea tem apenas um filhote a cada três anos.

Bruna Sales para Bombarco
Foto: Divulgação / Greenpeace
Vídeo: JiGSaWSkywarez