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01/01/1970

Pinguins sofrem pela falta de alimento na Antártica

Duas espécies de pinguins que vivem na Antártica podem estar ameaçadas, o pinguim-de-adélia e o pinguim-de-barbicha.  A principal causa do declínio das espécies, segundo pesquisas americanas, é a redução da população de krill, microcrustáceo parecido com o camarão, principal fonte de alimentos desses animais.

Nos últimos 30 anos, o número de pinguins dessas duas espécies já caiu 50%. É o que revela os estudos de um centro de pesquisa em La Jolla, na Califórnia, publicado no site da Discovery News, recentemente. O estudo dos pesquisadores de La Jolla, se baseia nas observações do cientista Wayne Trivepiece, que explica, monitora as populações de pinguim na Antártica desde os anos 70 e aponta o aquecimento das águas antárticas como responsável pela queda no número de krill disponíveis para consumo dos pinguins.

Trivepiece explica que não se falava em mudanças climáticas na Antártica (nos últimos 30 anos, a temperatura subiu entre 5 e 6 graus centígrados) antes de verem que os pinguins passaram a ter problemas.

Ainda segundo a publicação, o número da população de krill diminui significadamente, variando de 40% a 80%, devido, principalmente, ao aquecimento das águas próximo a região das Ilhas Shetland do Sul, na Antártica. A ilha é o lugar que mais sofre o aquecimento global em todo o planeta. A temperatura das águas naquela região aumentou mais de 10 graus, comparado com a época pré-industrial, no início do século 18.

O krill da Antártida é um animal de em média seis centímetros, e é considerado uma das espécies mais abundantes do planeta, encontrado em locais com densidade de até 30 mil espécies por metros cúbico de água. Ele é também uma das espécies-chave dos ecossistemas encontrados na Antártida e em suas imediações, por ser o principal alimento de todos os animais vertebrados da região, entre eles o pinguim-de-barbicha e o pinguim-de-adélia.

Entre as duas espécies em questão, há uma que está em desvantagem. Ao contrário dos pinguins-de-adélia, que podem migrar para outro ponto da Antártida em busca de comida, o pinguim-de-barbicha vive apenas no local que sofrem com escassez do krill, ou seja, estão presos a uma terra que lhes oferece menos alimento a cada dia.

Os pesquisadores explicam que a Antártida funciona como um termômetro “amplificado” da Terra, em que pequenas mudanças ambientais nos trópicos são sentidas em larga escala nos polos.

Matéria baseada na reportagem do site americano Discovery News – http://news.discovery.com/animals/chinstrap-adelie-penguins-krill-110411.html#mkcpgn=rssnws1

Bruna Sales para Bombarco
Foto: George F. Mobley

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