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Robert Scheidt: Lesões são maior preocupação do velejador na volta à Laser

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Robert Scheidt: Lesões são maior preocupação do velejador na volta à Laser

15/01/2013
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Em ritmo de preparação para o Campeonato Brasileiro de Laser, a ser disputado entre os dias 19 e 23 janeiro, Robert Scheidt está investindo num treinamento pesado, com maior volume de exercícios aeróbicos, musculação e um trabalho específico de prevenção de lesões. Tricampeão mundial pela Star, o velejador marcou a volta à classe Laser com a vitória no Italiano de Classes Olímpicas, em setembro de 2012, mas ainda quer evoluir para se manter na briga pelo topo do pódio. Na segunda-feira, 14 de janeiro, numa breve pausa dos treinos, Scheidt prestigiou a abertura da Copa de Estreantes de Optimist, no Yacht Club Santo Amaro (YCSA), na Represa de Guarapiranga. Na ocasião, conversou com os jovens atletas, com idades entre 7 e 15 anos, e falou da expectativa para sua próxima disputa em Porto Alegre. "Eu treinei a partir de setembro e me sinto bem preparado. Não sei exatamente qual o meu estágio atual diante dos melhores brasileiros na Laser, como o Bruno Fontes", explicou Scheidt. "Mas estou sem lesões. Essa é minha maior preocupação no momento, já que estou numa idade mais avançada. Na Laser, a coluna e o joelho são mais exigidos, se desgastam mais. Tenho feito exercícios com uma bola suíça, exercícios aeróbicos, além de musculação, mais para aumentar a resistência, e não para ganhar massa muscular como na Star," completou o velejador. Para Scheidt, a maior motivação na volta à Laser, em que conquistou oito títulos mundiais e três medalhas olímpicas (duas de ouro e uma de prata), é encontrar uma classe diferente daquela que deixou há oito anos para competir na Star. "Se eu tivesse continuado na Laser, talvez estivesse desgastado a essa altura. Mas voltar agora é diferente, porque é tudo novo para mim", disse. "E o período em que passei na Star também me permitiu amadurecer como atleta. O barco da Star é muito técnico, e velejei com grandes nomes do esporte, como o britânico Iain Percy. Pude trazer essa experiência para a Laser," afirmou. O retorno à antiga categoria, no entanto, também exigiu um processo de readaptação ao modo de velejar. "A Laser é muito solitária. Você é quem tem que tomar todas as decisões sobre manobras é estratégias. Treinar sozinho também é ruim, pelo fato de não ter com quem conversar ou trocar ideias", confessou Scheidt, que teve Bruno Prada como parceiro na Star. "Sempre que posso, convido outros velejadores para treinar comigo. Tenho treinado bastante com o João Hackerott, que é um velejador jovem, de 22 anos, mas de talento e que tem muita lenha para queimar," conta. No Campeonato Brasileiro de Laser, Scheidt terá a companhia de João Hackerott e Bruno Fontes, representante brasileiro da categoria nos Jogos de Londres 2012. Na sequência, o velejador disputará a Semana Brasileira de Vela, entre 18 a 24 de fevereiro, no Rio de Janeiro. A competição servirá como seletiva para a formação da equipe olímpica para os Jogos Olímpicos do Rio 2016.

Encontro com o ministro

Na Copa de Estreantes, que antecede o Campeonato Brasileiro de Optmist, no YCSA, na Represa de Guarapiranga, Scheidt se encontrou com o Ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, que abriu a competição. Tanto ele quanto o ministro ficaram empolgados com a presença da garotada. "Ver todas essas crianças no clube mostra que a vela continua sendo um esporte muito forte no Brasil. E é muito bom para as garotada viver esse clima de competição. Sempre procuro mostrar que o principal é competir, entrar para ganhar, se familiarizar com o barco, poder analisar os erros, ver onde pode melhorar", destacou Scheidt. "A Optimist é o grande evento formador da vela, é o mais importante das categorias de base," afirmou. Scheidt também deu dicas sobre a represa de Guarapiranga, onde começou a velejar ainda aos 11 anos. "Aqui é complicado, tem muitas casas, vento oscilante. O importante é a tática. O lugar estimula a estratégia, o atleta tem que ser inteligente", ressaltou o velejador, que guarda boas recordações do início da carreira na Optimist. "Comecei de forma bem recreativa, e acho que a minha paixão pela vela foi o que me fez prosseguir, mudar de classe, investir no treinamento, brigar por medalha", completou.
Redação Bombarco Fonte: Local da Comunicação