Sua mensagem foi enviada com sucesso!
Cabos e nós mais usados a bordo

Primeiro Barco

Cabos e nós mais usados a bordo

1º Barco 01/09/2009
Compartilhar

Cabos e nós mais usados a bordo de barcos

 

No universo da navegação, a evolução dos materiais utilizados nos cabos é um reflexo direto do avanço tecnológico e da busca incessante por eficiência e segurança. 

Inicialmente, os cabos eram confeccionados a partir de fibras naturais como sisal, linho, algodão, piaçava ou juta. Esses materiais, embora eficazes para a época, apresentavam limitações em termos de resistência, durabilidade e flexibilidade. 

Com o passar do tempo e o desenvolvimento de novas tecnologias, os cabos náuticos evoluíram para incorporar fibras sintéticas de última geração, como náilon, poliéster, aramida (kevlar), spectra, polietileno e polipropileno. 

Essas inovações trouxeram benefícios significativos, tornando os cabos mais resistentes, flexíveis e duráveis, o que facilita enormemente o trabalho a bordo.

 

 

Tipos de cabos e suas aplicações

 

A escolha do tipo de cabo depende de uma série de fatores, incluindo a resistência necessária para o uso específico, a facilidade de manuseio e o diâmetro adequado. 

Os cabos podem ser classificados em duas categorias principais: trançados e torcidos. 

Os cabos torcidos tendem a esticar mais e são mais indicados para uso na âncora, enquanto os trançados oferecem maior maleabilidade e são mais indicados para uso em amarras. Além disso, é crucial garantir um acabamento adequado nas extremidades dos cabos para evitar desfiamento, seja por meio de enrolamento com um cabo mais fino, aplicação de fita crepe ou queima da extremidade. 

Para prolongar a vida útil dos cabos, é recomendável armazená-los à sombra e proteger os cabos de atrito com mangueiras plásticas, evitando o contato com combustíveis, graxas e solventes químicos, recomenda-se também, sempre após uso em água salgada lavar com água doce, para secar deixe pendurado na sombra e local arejado. 

Os cabos mais utilizados a bordo

  • Náilon: Destaca-se pela resistência à abrasão, alta elasticidade e durabilidade sob exposição ao sol e água salgada. É ideal para amarras, espias e cabos de reboque.
  • Poliéster: Comparável ao náilon em resistência, mas com menor elasticidade. É escolhido para escotas e adriças em veleiros de cruzeiro.
  • Polipropileno: Oferece uma opção mais econômica, sendo leve e adequado para cabos de bóia circular e reboque de esquiadores, apesar de sua menor resistência à tração e abrasão.
  • Polietileno: Menos resistente e durável que o polipropileno, é utilizado em aplicações onde o custo é um fator decisivo.
  • Aramida (Kevlar): Oferece uma resistência superior, sendo uma opção de alto desempenho para escotas e adriças em veleiros de competição.
  • Spectra: Supera o kevlar em resistência à tração sem ceder à tensão, sendo leve e ideal para aplicações de alto desempenho.

 

Os nós mais utilizados em barcos

 

Nó lais de guia - Serve para fazer alças de qualquer tamanho ou amarrar um cabo em qualquer lugar. É fácil de desatar, mesmo tendo sido tensionado.


Nó de escota – Ideal para emendar cabos de diâmetros diferentes. O de maior bitola faz a alça.


Nó de defensa – Prático e fácil de desatar. Serve para prender as defensas no guarda - mancebo.


Nó direito - Usado para emendar cabos de mesmo diâmetro, mas sem a mesma facilidade de soltura que o nó de escota. Muito utilizado na operação de diminuir a área vélica de um veleiro (rizar).


Volta da ribeira – Serve para amarrar vários objetos entre si. É usado para içar um objeto do fundo ou levantar um mastro.


Nó de escota dobrado – Tem a mesma finalidade que o nó de escota comum, só que mais seguro.


Volta do fiel – Usado para amarrar a cana de leme no centro do barco. É erroneamente usado para segurar as defensas ou para amarrar uma embarcação ao cais.


Volta do fiador – Usado como nó de fim de curso, como por exemplo, para evitar que um cabo entre dentro de um mastro.


Nó de caminhoneiro – Serve para dar aperto a uma amarração qualquer, como por exemplo, prender um barco à carreta.


Falcaça costurada – Dá acabamento na ponta e evita que o cabo se desmanche.

A escolha correta dos cabos e o domínio dos nós são aspectos cruciais para uma navegação segura e eficiente. 

Para aqueles que desejam aprofundar seus conhecimentos náuticos e navegar com confiança, o curso A ARTE DE COMPRAR BARCOS oferece uma oportunidade única. 

Conduzido por Marcio Ishihara, CEO do Bombarco e com mais de 15 anos de experiência no mercado náutico, este curso é um investimento indispensável para quem busca comprar um barco sem dor de cabeça e sem perder dinheiro. 



Redação: Bombarco
Foto: Bombarco